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Uso de energia solar triplica na RMC

O uso de energia solar praticamente triplicou em 2017 na Cresceu na Região Metropolitana de Campinas. Entre janeiro e setembro, 653 clientes já geravam parte da energia elétrica que consumiam por meio de placas fotovoltaicas, que captam a luz solar. De acordo com a CPFL Paulista e Santa Cruz, o crescimento entre janeiro e setembro de 2017 foi de 198% em comparação ao ano anterior. Enquanto em 2016 eram 219 clientes utilizando o equipamento, em 2017 o número saltou para 653.
Os dados consideram a quantidade de clientes com placas solares homologadas pelas distribuidoras em Americana, Campinas, Cosmópolis, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.
Segundo as empresas, Campinas lidera a lista das cidades com o maior número de instalação de placas, com 429 equipamentos.
O grande aumento na cidade aconteceu no ano passado. Nos primeiros nove meses do ano, 340 clientes optaram pela alternativa de geração. Em seguida, vem o município de Valinhos, com 43 consumidores, e Americana e Vinhedo, cada uma, com 33 clientes.
Segundo estimativa da CPFL, no total, os 653 clientes com placas solares possuem uma capacidade instalada de 2.384 kWp, volume suficiente para abastecer em torno de 1.550 famílias com um consumo mensal de 200 kWh.
Cerca de 90% das instalações realizadas em 2017 foram em residências, mas a empresa garante que comércios e indústrias também podem se beneficiar com a mudança na área de energia. Com a produção da própria eletricidade, é possível economizar até 95% do valor da conta de luz.
Além do fator financeiro, há também a questão ambiental, já que a energia solar é limpa: não consome recursos naturais, não polui e é totalmente renovável.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabelece as regras para a operação dos equipamentos em consonância com as concessionárias de energia desde 2012, quando a micro e mini geração distribuída foi regulamentada.
Clientes podem abater da conta de luz o volume produzido pelos painéis solares, mas quando o consumo é menor do que o volume gerado, a diferença se torna um crédito, usado para reduzir a fatura com a distribuidora local, já que na parte da noite, quando não há luz do Sol, os consumidores ainda precisam utilizar a energia fornecida pela concessionária.
Investimento
Desde quando houve a regulamentação para utilizar a alternativa energética, em 2012, o investimento inicial para a instalação dos painéis fotovoltaicos reduziu entre 15% e 20%. O investimento gira entre R$ 15 e R$ 20 mil, dependendo do porte do projeto. O investimento é recuperado entre seis e sete anos, com a economia de energia.
Como iniciar
A economia pode parecer atrativa, mas antes de instalar os painéis, é preciso analisar a conta de luz, o consumo e a estrutura do imóvel que receberá o equipamento.
A partir disso, empresas como a Envo, braço da CPFL para a geração distribuída solar, realizam o dimensionamento do sistema solar que será colocado. Este levantamento planeja a capacidade instalada, o número de placas, e o equipamento inversor, que converte a energia da corrente contínua para a corrente alternada, que é mais utilizada no dia a dia.
O mais comum é que as placas sejam colocadas sobre os telhados, onde há maior incidência de luz solar, mas também é possível instalar o equipamento no chão.
Homologação
Para poder ter a vantagem do abatimento da conta de luz, é preciso solicitar a homologação do sistema à distribuidora local, que verifica o projeto e a instalação, e realiza a troca do medidor para um modelo bidirecional, que registra tanto a produção quanto o gasto de energia.
Os créditos obtidos com o excedente da energia produzida podem ser utilizados pelo consumidor em até 60 meses.
Além disso, os créditos gerados em uma unidade consumidora em uma cidade podem ser usados por outro local em outro município, desde que atendidos pela mesma distribuidora.
Para Pablo Becker, diretor executivo da Envo, a geração solar é uma excelente alternativa para quem quer economizar na conta de luz e pretende adotar hábitos mais sustentáveis em relação ao meio-ambiente. (Correio Popular)

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