Queda do preço médio dos imóveis aponta melhora no setor da habitação
Segundo pesquisas realizadas pela FipeZap, o preço médio dos imóveis caiu 0,01% entre o mês de março e abril, gerando um acumulado de queda de 0,09% no presente ano e 0,70% nos últimos doze meses. Diversos fatores influenciam na queda do preço dos imóveis, mas o que está à frente é justamente a procura.
A análise é feita pelo presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, que explica que quando a procura é baixa, a tendência é que o preço do imóvel caia, pois isso ajuda no aumento de oportunidades para o vendedor. “Mas a questão da ausência de procura passa por alta de desemprego, economia descontrolada, desconfiança na reação do mercado e condições desfavoráveis para aquisição de imóvel através de financiamento”, completa.
Diante desse cenário e já sabendo que se trata de um mercado bem interessante, a Caixa Econômica Federal anunciou recentes mudanças nos seus financiamentos que vão impactar positivamente o mercado imobiliário, uma vez que o carro chefe dessas mudanças é justamente a redução da taxa mínima de juros, que, desde abril, passaram de 10,25% ao ano para 9% ao ano, no caso de imóveis do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e de 11,25% ao ano para 10% ao ano para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
Para Vinícius Costa, a facilitação da aquisição de um financiamento habitacional é fator de extrema importância para melhora do mercado imobiliário. “Isso porque no Brasil o costume é adquirir imóvel com financiamento habitacional, e não com recursos próprios”, aponta.
Apesar desse contexto de queda de preços, com as novas medidas adotadas pela Caixa, a tendência é que o mercado volte a se aquecer um pouco mais. “Com o aumento da procura, obviamente a oferta tende a sofrer variação, ou seja, é bem provável que o preço médio dos imóveis sofra uma leve alta, já que mais pessoas possivelmente estarão aptas a adquirir imóveis e o que pagar melhor preço acaba levando o bem”, avalia o presidente da ABMH. (Canal Executivo)