Segurança: Cerca de 90% dos assaltos aos condomínios acontecem pela porta da frente
Klift Kloft Still, a porta se abriu! Na década de 1990, o programa infantil
Castelo Rá Tim Bum fez sucesso com um porteiro robô que pedia uma senha a quem pretendia entrar no castelo. Na época ninguém poderia imaginar que um dia o serviço usado em condomínios, funcionaria de forma eletrônica.
A diferença é que o porteiro humano ainda existe, só não fica mais na
guarita, exposto aos riscos. Hoje, os controladores de acesso podem
trabalhar à distância com câmeras conectadas a uma central de atendimento, que monitora a entrada e a saída do estabelecimento durante 24 horas.
Se na ficção era fácil matar a charada e convencer o porteiro a abrir a
porta dando pulinhos ou piscando apenas um olho, na vida real e com as novas tecnologias, a história é bem diferente, é o que explica o CEO da empresa de segurança Peter Graber, Leandro Martins.
Segundo ele, cerca de 90% dos assaltos aos condomínios residenciais
acontecem pela porta da frente, onde o porteiro muitas vezes está em posição vulnerável e é rendido ou acaba abrindo a porta para alguém com rosto familiar.
“O sistema remoto ajuda a aumentar a segurança pois tira o porteiro da área de risco e de quebra ainda reduz em até 60% os gastos com portaria, pois elimina folhas de pagamento”, garante.
Chave eletrônica
Quando o prédio possui portaria remota, as pessoas não cadastradas conversam com o porteiro a distância para serem autorizadas a entrar no ambiente. Já quem é parente, amigo e marcou a visita com antecedência pode baixar o app da empresa e utilizar uma chave eletrônica habilitada por geolocalização.
“Quando o visitante se aproxima do condomínio a chave é habilitada”, explica Martins.
Biometria
Além do App, outro recurso que é bastante usado pelas empresas de segurança é a biometria. com o avanço da tecnologia, diversos métodos de identificação foram desenvolvidos, sendo o mais utilizado a identificação da digital que facilita e agiliza o acesso direto do morador ou de pessoas íntimas, sem o uso de chaves ou tags, minimizando o tempo de espera e os riscos que as pessoas correm quando ficam paradas na porta.
Ronda virtual
Em ambientes estratégicos, o monitoramento de imagem pode ainda ser feito com câmeras inteligentes que ajudam a proteger objetos de maior valor, como automóveis, por exemplo. Qualquer atitude suspeita alerta a equipe na central de monitoramento, que analisa as imagens e, se for o caso, chama a polícia.
“No Brasil 99% dos alarmes são disparados de forma acidental. Por isso, a
polícia prioriza quem tem imagem”, finaliza Martins.