Como a Selic impacta o mercado imobiliário?
Banco Central manteve a taxa básica de juros em 13,75%
foto: divulgação / Banco Central – A Selic é a taxa básica de juros da economia, responsável por dar norte a todos as outras correções. Essa taxa serve, por exemplo, como base para os juros bancários, que estão presentes em empréstimos, aplicações financeiras e nos financiamentos.
A Selic é atualizada pelo Copom (Comitê de Política Monetária), a cada 45 dias, em uma reunião que dura dois dias. Esse grupo é formado por executivos do Banco Central, que carregam a responsabilidade de decidir por elevar, reduzir ou manter a Selic nos padrões vigentes.
A Selic é o principal instrumento que o Banco Central tem para controlar a alta dos preços no mercado, cumprindo a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) todo ano. A sua alteração, portanto, depende da previsão inflacionária, e, quanto mais alta for a estimativa da inflação, mais provável será a elevação da taxa básica.
Diante disso, alta da Selic pode parecer boa para os investimentos em renda fixa, uma vez que muitos são corrigidos pelo CDI, índice econômico que segue o desempenho da taxa básica de juros. Neste caso, quanto mais alta estiver a taxa, mais retorno terá a carteira de investimentos.
No entanto, isso também influencia os outros serviços financeiros prestados pelos bancos, como é o caso do financiamento imobiliário. Esse produto sofre acréscimo de juros enquanto o índice está em alta.
Desse modo, observar a taxa Selic antes de comprar ou financiar um imóvel é fundamental para a tomada de decisão.
“O Banco Central aumentou fortemente a Selic esse ano, para controlar o aumento de preços, que ocorreu em vários segmentos. E o resultado foi positivo, de acordo com os índices divulgados pelo IBGE e pela FGV, e já estamos observando deflação no mercado brasileiro,”, afirma Francisco de Oliveira Lima Filho, presidente da Habicamp.