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Absorção de galpões melhora no trimestre

São Paulo – A melhora da demanda por condomínios logísticos fortaleceu as perspectivas positivas deste mercado para o próximo ano. Ao final do terceiro trimestre, a absorção bruta dos espaços somou 347 mil m², 24% maior que o visto entre abril e junho e abrindo o movimento de um ciclo melhor para 2018.

“O mercado está iniciando um ciclo de retomada que está diretamente ligado ao aumento do consumo”, conta o presidente da Colliers Brasil, Ricardo Betancourt, responsável pelo estudo.

Os dados, obtidos com exclusividade pelo DCI, apontam que as maiores absorções brutas foram registradas em São Paulo ( 224 mil m²). Pernambuco (23 mil m²).

Em relação à taxa de vacância do mercado, houve ligeira queda, fechando em 26% ante 28% no segundo trimestre. Pará e Paraíba seguem com as taxas mais altas do Brasil, 70% e 71%, respectivamente. Os menores índices estão em Goiás, que não tem área para locação, Santa Catarina (6%) e Pernambuco (9%).

Os dados indicam leve alta no inventário nacional, com uma nova área em Goiás de 20 mil m², deixando o País com 13.202 milhões de m².

Mesmo com a consequente elevação da absorção bruta, os preços médios pedidos de locação seguem os mesmos no país, R$ 20 m² / mês. Os preços mais altos estão no Distrito Federal e na Bahia, ambos com R$ 24,00 m² / mês. Já o Ceará fica na outra ponta (R$ 15).

Perspectivas melhores

A vice-presidente da Colliers International Brasil, Paula Casarini, contou que as perspectivas para o próximo ano são positivas. “Temos observado redução das áreas devolvidas e, consequentemente, recuperação da absorção líquida. Esperamos que em 2017 este indicador seja superior ao realizado em 2016”, comentou.

Apesar desse movimento, Paula explica que ainda não é o momento de um grande ciclo de novos empreendimentos. “Não há previsão de grande inventário a ser entregue para o próximo ano, portanto, avaliamos que vai haver queda na taxa de vacância”, ressalta.

Falando um pouco de preço, ela explica que neste ano houve um movimento de preocupação por parte das empresas contratantes em otimizar os serviços relacionados ao condomínio para viabilizar a redução dos custos com condomínio, tornando os imóveis mais competitivos.

“Mas mesmo com a expectativa de aumento da demanda, previsto para 2018, ainda não acreditamos que vai haver alteração nos preços devido à grande disponibilidade de inventário existente hoje.”

Para o novo ciclo de investimentos, São Paulo deve continuar sendo o protagonista nesse setor. “Os players seguem interessados na aquisição de terrenos, principalmente nas regiões consolidadas em São Paulo – como Guarulhos, Cajamar e ABCD”, comentou a executiva da Colliers. (DCI)

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