Agosto tem alta nos lançamentos e queda nas vendas de imóveis
Os lançamentos de imóveis cresceram em agosto no País, mas as vendas
sofreram baixa, de acordo com pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe) feita em parceria com a Associação Brasileira de
Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e antecipada ao Broadcast, sistema de
notícias em tempo real do Grupo Estado.
Os lançamentos em agosto de 2018 totalizaram 5.891 unidades, alta de 18,3%
na comparação com o mesmo mês de 2017. Este foi o melhor resultado para o
mês em toda a série histórica, iniciada em 2014. No acumulado de janeiro a
agosto deste ano, os lançamentos totalizaram 51.004 unidades, aumento de
21,0% frente ao mesmo período do ano passado.
O crescimento do mercado no mês foi puxado pelo segmento de imóveis
populares, enquadrados no Minha Casa Minha Vida (MCMV), onde os lançamentos
totalizaram 4.826 unidades, uma alta de 61,0%. Por sua vez, o segmento de
imóveis de médio e alto padrão alcançou 1.065 unidades, baixa de 24,0%.
Vendas
As vendas líquidas (já descontados os distratos) de imóveis novos em agosto
totalizaram 7.465 unidades, uma queda de 3,4% em relação ao mesmo mês do ano
passado. Já no acumulado de janeiro a agosto deste ano, as vendas líquidas
totalizaram 54.604 unidades, expansão de 22,4%.
O recuo das vendas no mês foi visto em todos os setores. No segmento
popular, enquadrado no MCMV, as vendas foram de 5.425 unidades, retração de
4,4%. E no segmento de imóveis de médio e alto padrão, as vendas chegaram a
1.938 unidades, queda de 1,5%.
Os cancelamentos de vendas (distratos) consolidados totalizaram 2.614
unidades em agosto (alta de 4,8%) e chegaram a 19.540 unidades no ano (queda
de 15,1%).
No fim de agosto, o mercado imobiliário contava com 116.366 unidades novas
disponíveis para venda, montante 1,6% menor do que o registrado um ano
antes. Considerando o ritmo atual de vendas, seriam necessários 14,6 meses
para liquidar esse estoque.
Os dados da pesquisa abrangem imóveis novos (na planta, em obras e
recém-construídos) dos segmentos residencial, comercial e loteamentos,
desenvolvidos por 20 empresas associadas à Abrainc, com atuação espalhada
pelo País e concentração na Região Sudeste. (maxpress)