CPFL escolhe Jaguariúna para testar tecnologia
A CPFL Energia escolheu Jaguariúna, na região metropolitana de Campinas (SP), para um projeto na qual vai implantar medidores inteligentes para todos os consumidores de energia. A ideia é testar tecnologias de comunicação de dados, além da produtividade da instalação, para, no futuro, modernizar toda sua rede de distribuição.
“Vamos instalar aproximadamente 23 mil medidores inteligentes em unidades consumidoras que incluem residenciais, comerciais, e rurais”, disse Luis Henrique Ferreira Pinto, vice-presidente de operações reguladas da CPFL. Ele lembrou que os clientes industriais da CPFL, do grupo A, já são todos telemedidos.
Jaguariúna foi escolhida não só pela proximidade com Campinas, onde fica a sede da CPFL (são apenas 30 quilômetros entre as duas cidades), mas também porque o município espelha, de certa forma, as características de toda a área de concessão de distribuição da companhia. “Queríamos uma cidade com mais ou menos a mesma proporção entre consumidores residencial, comercial, rural e industrial”, disse Ferreira. A região também se assemelha em relação à características operacionais do grupo, como nível de perdas e indicadores de interrupção de fornecimento de energia.
O investimento no projeto é de R$ 25 milhões. Segundo Ferreira, a expectativa é que as instalações de medidores inteligentes tenha início em março e dure aproximadamente um ano. Em meados de 2020, a CPFL já terá dados de consumo em mãos para fazer um diagnóstico da iniciativa.
“Vamos poder aprender e modernizar o sistema, o projeto vai nos permitir receber uma montanha de dados, usar o analytics, para que se produza informação suficiente para melhorar a eficiencia operacional da empresa e, por consequência, a qualidade de prestação do serviço”, disse.
A cidade será dividida em quatro áreas, e cada uma vai testar uma tecnologia diferente para transmissão em tempo real dos dados de consumo de energia: internet, via rádio digital, por cabo e via celular. “Vamos também aprender como ter a maior produtividade da instalação”, disse.
Enquanto os medidores serão instalados, a CPFL vai preparar uma plataforma para trabalhar com os dados. “Estamos preparando esse projeto para termos aprendizado e possamos trabalhar dados dos equipamentos para quando a tecnologia for difundida em toda a concessão”, disse. Além da questão de custo dos medidores, ainda é necessário que a regulação atual seja adaptada para novas tecnologias. “Queremos ganhar experiência agora e corrigir erros. Se tivermos um ambiente adequado, a tendência é que o sistema evolua, não será de um dia para outro”, disse.
Os medidores são certificados pelo Inmetro e fornecidos pelas empresas Landys Gir e Eletra. (Valor Econômico)