Créditos para pequenas e médias empresas investirem em energia solar sobem 3,8 mil% na RMC
As linhas de créditos para as pequenas e médias empresas da Região
Metropolitana de Campinas (RMC) em projetos voltados para energia solar
aumentaram 3.847,3% entre 2016 e 2018, segundo levantamento da Agência
Desenvolve-SP para o G1.
De acordo com o órgão fomentador, os financiamentos subiram de R$ 38 mil em 2016 para R$ 1,5 milhão no ano passado. Em 2017, nenhum financiamento chegou a ser fechado na região, segundo a Desenvolve-SP.
Estes financiamentos, que totalizaram R$ 1,5 milhão, atenderam sete empresas de Campinas (SP), Holambra (SP), Hortolândia (SP), Indaiatuba (SP) e Itatiba (SP).
E, segundo os dados, 93% dos contratos fechados foram para projetos de
compra e instalação de placas fotovoltaicas. O empresário Celso Canova, de
Indaiatuba, foi um dos beneficiados dos financiamentos em 2018.
Proprietários de duas empresas, ele explica que tomou a decisão de buscar
pelo financiamento baseado em três pilares.
Segundo ele, uma das explicações é a sustentabilidade. A segunda é o aumento da demanda por energia elétrica, e uma suposta retração no fornecimento em alguns estados. O receio dele é a falta de oferta de energia em alguns anos. “A terceira é o custo mesmo. E quanto mais tirar do meio ambiente melhor ”,afirma o empresário.
Questionado sobre economia, ele aponta que os gastos com energia elétrica
variavam de R$ 5 mil a R$ 6 mil mensais. Depois do financiamento, ele
consegue economizar R$ 1 mil mensais.
Financiamentos em SP sobem 634%
Os financiamentos para energia solar têm crescido no estado entre as
pequenas e médias empresas devido à competitividade entre elas.
O levantamento da Desenvolve-SP aponta que no ano passado foram
desembolsados R$ 3,4 milhões em financiamentos para placas voltaicas, valor 634% maior em relação ao mesmo período do ano passado.E o interior paulista lidera essas linhas de crédito, com 95% dos empréstimos.
As principais cidades que contrataram as linhas de crédito são: Araçatuba
(SP), Araçoiaba da Serra (SP), Bariri (SP), Campinas, Flórida Paulista (SP),
Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba e Taubaté (SP). Os 5% restantes foram
voltados para projetos sediados na capital.
A Desenvolve-SP, órgão ligado ao governo de São Paulo, trabalha com linhas de crédito de longo prazo. Em relação aos créditos de economia verde, a taxa de juros parte de 0,17% ao mês (+Selic). E o prazo é de 10 anos, incluso o período de carência. (G1 Campinas)