Impostômetro atinge R$ 1,9 bilhão em Campinas
O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) atingiu a marca de R$ 1,2 trilhão na sexta-feira (21/07), às 10h30. O registro foi feito 20 dias antes do que no ano passado, que ocorreu em 10/08/2016, indicando elevação da carga tributária de um ano para outro. Em Campinas, o valor arrecadado no mesmo período foi de R$ 1,9 bilhão de reais. No ano passado, o valor alcançado no período foi de R$ 994 milhões, mostrando um aumento na arrecadação de impostos para este ano. Adriana Flosi, vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) e da FACESP, destaca a importância do Impostômetro para a conscientização da população. “Os encargos se refletem no preço ao consumidor. Os empreendedores são reféns dessas taxas que, se tivessem uma menor incidência, possibilitariam investir e crescer gerando empregos”, enfatiza Adriana.
O montante corresponde ao total de impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros desde o primeiro dia do ano. Chega na esteira da divulgação (pela Receita Federal) de crescimento da arrecadação federal no primeiro semestre e também em meio ao anúncio do governo sobre o aumento da alíquota do PIS e da Cofins incidentes sobre os combustíveis.
“O governo tem que repensar as medidas em razão do aumento arrecadatório (quando olhamos para 2016) e dos sinais de retomada da economia. Assim, agora é um momento totalmente inoportuno para pensar em elevar tributos. O governo precisa fazer um controle eficiente dos gastos públicos e pensar em primeiro lugar na superação da população frente aos problemas financeiros trazidos pela recessão”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Numa análise microeconômica, ele alerta que a elevação de preço dos combustíveis desencadeia o encarecimento do transporte de mercadorias e de passageiros. E que dificilmente o comerciante não repassará isso para o consumidor, tornando mais lenta a recuperação da economia.
Burti conclui dizendo que a intensificação da queda dos juros ― e não novos aumentos tributários ― promoveria o estímulo ao consumo, e também a retomada da economia e da arrecadação tributária. (Associação Comercial)