Indústria da construção une esforços com outros setores industriais na busca de soluções para reaquecer a atividade
Entidades do setor produtivo estão atuando em conjunto para fomentar medidas que levem ao reaquecimento da economia, e consequentemente da atividade produtiva. A agenda estratégica em comum tem como prioridades a retomada de investimento e a melhoria do ambiente de negócios, com vistas a estimular maior participação da iniciativa privada. No momento em que os governos administram déficits que impedem o investimento público, as entidades trabalham por alternativas. Essa é a síntese de audiência concedida pelo Presidente da República Michel Temer a dirigentes industriais. Participaram representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC); da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP); da Associação Brasileira da Indústria Materiais de Construção (ABRAMAT) e outras entidades.
Após de mais de uma hora de diálogo, realizado em 6 de agosto, dirigentes demonstraram confiança na articulação das medidas necessárias para a retomada da indústria brasileira. O vice-presidente e diretor titular do Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da Fiesp, Carlos Auricchio, se disse impressionado com a atenção dada pelo governo ao setor, em uma reunião que contou com a presença do presidente e diversas autoridades cujas pastas são fundamentais para dar sustentabilidade ao desenvolvimento do setor. Para o presidente da CBIC, o governo federal deu mais um sinal de compreensão da importância de estimular a indústria “Temos dito que a construção é a bola da vez, um setor com grande capacidade de reação na geração de empregos, renda e riquezas para o País”, disse Martins, destacando a importância de os diversos setores da indústria atuarem conjuntamente em torno de uma agenda de desenvolvimento para o País.
Entre as propostas apresentadas está a manutenção do Programa Minha Casa, Minha Vida, dando continuidade nas contratações previstas para 2018. Para isso é necessário um aporte de R$ 5,4 bilhões do FGTS, que deve passar por análise prévia e aprovação do Conselho Curador do FGTS, para suplementar verba atual disponível. Até julho deste ano cerca de 230 mil unidades foram contratadas, mas sem o novo aporte os recursos serão suficientes para garantir contratações apenas até novembro.
Quanto ao pleito do setor para garantir as contratações previstas para 2018 no faixa 1 e garantir recursos para continuidade do programa para 2019, o ministro das Cidades afirmou que está estudando maneiras de realizar novas seleções. A limitação orçamentária tem sido o principal gargalo.
Nesta reunião, houve também o compromisso do governo de revogar a Resolução 823/2018, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que tira das distribuidoras a responsabilidade do custo da construção das obras de infraestrutura básica das redes de distribuição de energia elétrica nos empreendimentos de interesse social. Também foi informado que haverá incentivo para as empresas construtoras adquirem terrenos – com questões que podem ser resolvidas – para construção de conjuntos habitacionais mais próximos ao centro das cidades. (CBIC)