Mercado imobiliário aposta na queda das taxas de juros
A queda na projeção de crescimento do mercado financeiro, divulgada no dia 17/02 pelo Banco Central, tanto do PIB, de 2,30% para 2,23%, quanto do IPCA, de 3,25% para 3,22%, segue na contramão do crescimento do mercado imobiliário nacional. Em conversa ontem (17) com Juliana Rosa, no Jornal GloboNews Edição das 18h, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, comentou o assunto.
Segundo Martins, com exceção do Nordeste, todas as demais regiões do país – com destaque para a cidade de São Paulo –, estão apresentando bom desempenho no mercado imobiliário nas vendas e lançamentos de imóveis.
“Ao baixar o custo do dinheiro, mais pessoas têm acesso ao desejado bem da casa própria”, destaca Martins, ressaltando que quando se olha o mercado imobiliário no Brasil, tem que dividi-lo em duas fatias. “Uma é a da Caderneta de Poupança, que teve crescimento de mais de 30%, e a outra é a do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço], que teve redução de 10% no Orçamento, onde tem o maior mercado no Brasil, por isso, o Nordeste foi a única região que não cresceu”, diz.
Questionado sobre o porquê da economia não ter crescido, mesmo com a liberação de saque de R$ 500,00 do FGTS pelo governo federal, o executivo ressaltou que o emprego tem que voltar pelo investimento, não pelo consumo. Se o mesmo volume tivesse sido investido no setor, teria gerado diretamente 400 mil empregos. “Tem que ter a visão de que o Brasil cresce em cima do emprego e do investimento”.