Mulheres lideram debate nacional sobre justiça climática e sustentabilidade
Plano de Ações Integradas Mulheres e Clima reúne propostas para a COP30
Foto – Rogério Capela – Em um encontro marcado por diálogo e protagonismo feminino, o painel “Mulheres pelo Clima” reuniu, no dia 24 de setembro, no Instituto Agronômico de Campinas, lideranças de diferentes setores para discutir o papel das mulheres na agenda ambiental e na luta contra as mudanças climáticas.
O evento promoveu rodas de conversa entre homens e mulheres e culminou na finalização da Carta Coletiva “Lideranças Femininas na Construção de um Futuro Sustentável: Propostas para a COP30 e Ações Locais”, que será encaminhada aos organizadores da conferência mundial sobre o clima, em 2025. A iniciativa foi organizada pelo Fórum Brasil de Gestão Ambiental (FBGA) e pela ANAMMA Mulheres.
Durante o encontro, foi anunciado pelo Ministério das Mulheres o Plano de Ações Integradas Mulheres e Clima, lançado simbolicamente em 5 de setembro — data em que se celebra o Dia da Amazônia e o Dia Internacional das Mulheres Indígenas. O plano foi oficialmente apresentado no dia 10 de setembro, no auditório do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, e reuniu representantes de diversas pastas, autoridades internacionais e movimentos sociais.
O documento propõe dez ações estratégicas voltadas ao fortalecimento da pauta de gênero e justiça climática, articulando políticas públicas que promovam equidade, sustentabilidade e protagonismo feminino nas decisões ambientais. Essas ações serão integradas às discussões da COP30, que ocorrerá em Belém (PA), em novembro de 2025, consolidando o papel do Brasil como referência no debate climático global.

De acordo com a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, reconhecer a diversidade de gênero como um eixo estratégico é essencial para construir soluções mais eficazes e duradouras. “As mulheres estão na linha de frente da resistência às mudanças climáticas. Incluir suas vozes é garantir um futuro mais justo e sustentável para todos”, afirmou.
Para o presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho, o protagonismo feminino na agenda ambiental é um passo importante para alinhar desenvolvimento urbano e sustentabilidade. “O fortalecimento da liderança feminina em pautas ambientais amplia a visão sobre o impacto das cidades e incentiva políticas mais integradas, equilibrando crescimento econômico e preservação”, destacou.