Novo financiamento imobiliário indexado ao IPCA deve aquecer mercado
Em agosto de 2019, a Caixa Econômica Federal incluiu uma nova forma de
financiamento imobiliário, atrelada ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que pode ser mais atrativa para uma parte de interessados em adquirir imóveis.
Essa nova modalidade tem potencial de aquecer o mercado imobiliário pois, além de os juros ficarem mais baixos, a tendência é que outros bancos também passem a oferecer mais essa opção aos compradores, gerando uma concorrência saudável no mercado.
A linha antiga, que conta com os juros mais a Taxa Referencial (TR),
continua valendo. Na nova modalidade, os juros fixos propostos pelo banco
ficam bem abaixo do que aqueles atrelados à TR. Para o comprador que
pretende quitar o financiamento em um período menor, a modalidade pode ser uma excelente forma de economizar.
Por ter juros mais baixos no momento, o financiamento atrelado ao IPCA
também permite que pessoas que não tinham renda suficiente para financiar um imóvel de determinado valor agora o possam fazer, pois a parcela mais baixa deixa de comprometer uma parte grande do orçamento, o que seria impeditivo no caso de financiamento atrelado à TR.
Afinal, a queda no valor das prestações indexadas ao IPCA pode ser de 35%
até 51%, dependendo da condição e do relacionamento que o comprador tiver com o banco. Para funcionários públicos, o percentual de taxa de juros pode ser ou se aproximar de 2,95%, dependendo do relacionamento com o banco. Já para trabalhadores do setor privado, ele pode variar de 3,25% a 4,95%, também de acordo com a relação do interessado com a Caixa Econômica.
Vale lembrar que não será possível fazer portabilidade de um financiamento indexado ao IPCA para aquele atrelado à TR.
Tendo em vista o cenário positivo da economia brasileira, o mercado
imobiliário voltará a crescer e, com a entrada do IPCA, a procura por
financiamentos imobiliários irá aumentar ainda mais, aquecendo o mercado.
Com a recuperação da crise econômica ou diante das reformas propostas que tendem a melhorar a confiabilidade no país, o prognóstico é de demanda alta para imóveis em um período em que a produção ainda está baixa, e a consequente valorização deles.
Possibilidade de parcelas mais baixas irá impulsionar compradores. (O Estado de S. Paulo)