Onze dos 20 municípios contrataram mais que demitiram em 2017
O resultado da geração de postos de trabalho formais em 2017 foi negativo no conjunto da Região Metropolitana de Campinas (RMC) – mas nem todos os 20 municípios registraram perdas no ano passado. No total, 11 cidades conseguiram terminar o ano no azul – e começaram 2018 deixando para trás a crise no mercado de trabalho. Juntas, elas somaram 4.396 contratações.
Valinhos foi o maior destaque, com 630 admissões com carteira assinada. A cidade conseguiu reverter um quadro de 115 demissões de 2016. Outra cidade que saiu bem no período foi Nova Odessa, onde as empresas contrataram 707 trabalhadores. No ano anterior, a cidade tinha registrado 342 demissões. O terceiro melhor resultado ficou com Jaguariúna, que terminou o ano com 565 novos empregos formais.
No outro lado da balança, as cidades que mais perderam postos de trabalho foram Paulínia (1.287 demissões), Campinas (837) e Morungaba (746 desligamentos). O saldo do ano na RMC foi de 694 demissões. Mesmo ruim, o resultado ainda foi muito melhor do que os 30.462 empregos perdidos em todo o ano de 2016.
Especialistas afirmaram que o mercado de trabalho está se recuperando lentamente e que para acelerar o processo de recolocação é necessário ampliar o investimento produtivo. “Uma análise mais macro mostra que o emprego vem reagindo no País. O ritmo, contudo, ainda é lento. Neste ano, a estimativa, segundo economistas da FGV (Fundação Getúlio Vargas) é que sejam criadas 1 milhão de vagas.O governo tem números ainda mais animadores com previsão de 2,5 milhões”, disse o coordenador de pós-graduação da área de Gestão e Recursos Humanos (RH) do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Rinaldi da Silva Correa.
Ele afirmou que a estimativa é que a taxa de desemprego do primeiro trimestre deste ano fique em 11,5% da População Economicamente Ativa (PEA). “O País precisa que sejam realizadas as reformas estruturais para elevar a confiança do mercado, confiança que é um fator muito importante, porque se reflete no apetite dos estrangeiros pelo Brasil e tem relação direta com os investimentos”, comentou. Correa ressaltou que é necessário resolver as questões políticas, porque elas influenciam a economia. “As previsões apontam que o ano de 2018 será melhor do que o ano passado, mas é preciso que sejam resolvidas questões importantes para o País, como o quadro eleitoral, por exemplo”. (Correio Popular)