RBR lança fundo e vê retomada em imóveis
A RBR Asset, gestora de ativos especializada no setor imobiliário, lançou seu primeiro fundo negociado em bolsa, vislumbrando uma retomada do mercado diante da queda das taxas de juros e da recuperação da economia brasileira.
Com R$ 81 milhões captados, o RBR Alpha vai investir em contas de outros fundos imobiliários. Em menor escala, também entrarão na carteira de ativos como certificados de recebíveis imobiliários (CRIs). “O mercado imobiliário está voltando e vemos oportunidade em ganho de capital”, afirma o sócio Ricardo Almenda, executivo-chefe e festos da RBR Assent. De acordo com ele, o foco do produto não PE gerar renda mensal, mas ganhos a partir da compra e venda de ativos.
A oferta, que teve como coordenador líder a XP Investimentos, traiu mais de 2 mil investidores e contou com um tíquete média de R$ 50 mil. A própria XP e a Guide – plataforma recém vendida pelo banco Indusval para a Chinesa Fosun – distribuíram quase toda a operação. Além da tranche principal, foram colocados os lotes adicional e suplementar. O investimento mínimo era de R$ 1 mil, ou dez cotas.
A expectativa é que o novo fundo gere retorno em torno do IPCA mais 10%. Para isso, a estratégia se baseia numa gestão ativa, com a busca por cotas de fundos que apresentem bom potencial de valorização – o que requer conhecer de perto os imóveis que compõem cada essas carteiras. “Nesse sentido, é bom que o fundo seja pequeno”, afirma Bruno Nardo, sócio responsável pela análise e negociação de fundos listados. Porém, não estão descartadas ofertas subseqüentes acompanhando o crescimento do mercado.
Com o fundo de fundos, a RBR passa a ter R$ 800 milhões sob gestão. A empresa tem um portfólio de lajes corporativas para renda e também atua em incorporação residencial, gestão de patrimônio imobiliário e estruturação de dívida.
Para os próximos seis meses, está no radar da gestora o lançamento de mais dois fundos. Um deles, de cerca de R$ 100 milhões, terá como foco leilões de imóveis residenciais. O outro, de R$ 300 milhões, será voltado ao mercado de dívidas imobiliárias, para financiar incorporadoras com pouca liquidez.
Neste ano, a RBR adquiriu cinco terrenos, além de seu primeiro imóvel comercial na cidade de São Paulo. A gestora aloca capital próprio e tem family offices como seus maiores clientes. (Valor Econômico)