Reforma do Imposto de Renda acende alerta para impactos no setor da construção civil
Durante o evento “Quintas da CBIC”, lideranças do setor destacam preocupações com o Projeto de Lei 1087/2025
Foto: Joédson Alves – Agência Brasil – A proposta de reforma do Imposto de Renda, atualmente em tramitação no Congresso Nacional, foi o tema principal do “Quintas da CBIC”, promovido nesta quinta-feira (5) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O debate reuniu representantes da entidade para discutir os impactos do Projeto de Lei 1087/2025 sobre a construção civil. A preocupação com as mudanças previstas e seus efeitos sobre empresas e investidores foi o tom dominante do encontro.
Entre os participantes da live estiveram Eduardo Aroeira, vice-presidente da CBIC;
Fernando Guedes Ferreira Filho, responsável pelo setor jurídico da entidade; e Luis Henrique Macedo Cidade, diretor de Relações Institucionais e Governamentais. Eles analisaram os aspectos técnicos, jurídicos e políticos da proposta, apontando possíveis prejuízos ao ambiente de negócios e à atratividade de investimentos no setor.
Logo na abertura do evento, Eduardo Aroeira destacou a apreensão dos empresários da construção. Segundo ele, apesar dos avanços na reforma tributária, a atual fase de mudanças na tributação da renda traz insegurança. “O que temos ouvido é motivo de bastante preocupação”, declarou, enfatizando que o setor precisa continuar mobilizado para garantir que seus pleitos sejam considerados.
Aroeira também ressaltou o papel técnico da CBIC no acompanhamento das reformas e defendeu a mesma postura estratégica diante do novo projeto. “Durante a reforma tributária, mostramos força técnica e organização. Agora, com a reforma da renda, temos de manter esse mesmo padrão. É fundamental que o setor continue presente nas discussões e proponha melhorias que evitem prejuízos à construção civil”, afirmou.

Francisco de Oliveira Lima Filho, presidente da Habicamp, resumiu o sentimento do setor: “Estamos diante de uma reforma que exige atenção máxima e articulação firme. Precisamos garantir que o crescimento do país não seja comprometido por regras que desestimulam investimentos na construção.” A fala reflete a expectativa de que o setor seja ouvido e ativamente envolvido na construção de um sistema tributário mais justo e equilibrado.