RMC está ‘um passo à frente’ e deve liderar retomada da economia, diz especialista
Um levantamento de uma empresa especializada em contratações apontou que o primeiro semestre de 2017 foi de crescimento na criação de postos de trabalho para executivos na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Segundo Maria Sartori, gerente sênior da Robert Half, os segmentos automotivo e agronômico vão liderar a retomada econômica nos municípios da região, que estão um passo à frente do restante do Brasil.
Segundo Maria, destacam-se neste momento cargos relacionados à engenharia, qualidade, melhoria de performance, departamento financeiro e planejamento.
“Como a região é muito forte no segmento automotivo, a gente tem convicção de que vai ter um papel muito importante na economia nacional. Não só no que se diz respeito à geração de emprego, mas também na questão de investimento. As multinacionais devem fazer muitos investimentos via região metropolitana de Campinas”, aponta.
Para acompanhar acompanhar a retomada, é necessário que o profissional passe por adaptações, especialmente a pessoa que possuía uma posição alta dentro da empresa e deseja retornar ao mercado de trabalho. Segundo o levantamento, o perfil que as empresas da RMC buscam para cargos de gerência é diferente neste momento.
“Falando do nível executivo, hoje, as empresas buscam um perfil que tenha uma abrangência mais generalista, que dê conta de demandas mais abrangentes do que um único bloco dentro da indústria”, diz a especialista.
Ainda de acordo com a gerente sênior, é necessário que o profissional esteja preparado para passar por um “choque de realidade”.
“Para você conseguir voltar para a posição que tinha anteriormente, você necessariamente vai ter que dar dois passos para trás. A primeira coisa é o profissional estar ciente de que o mercado mudou, e ele vai ter que voltar a fazer tarefas que ele já não estava habituado a fazer”, aconselha.
A especialista ainda afirmou que é “muito positivo” contar com profissionais que exerciam cargos de gerência, mas que estejam dispostos a realizar atividades operacionais. Com a retomada da economia, ele ficará pronto para subir novamente de cargo e habituado às necessidades internas.
“Para as empresas é muito válido. Mas ele [profissional] tem que se conscientizar que em um primeiro momento, vai ter que colocar a mão na massa e exercer atividades que ele já não exercia na última função”, explica.
Para um futuro próximo, Maria espera que a região de Campinas tenha uma alta geração de empregos para todos os setores. “A gente imagina um segundo semestre ainda mais forte que o primeiro, e se olhar para o futuro, em 2018, pensando em contratação, deve ser um ano muito bom”, finaliza. (G1 Campinas)