Sondagem Indústria da Construção de julho mostra espectativa menos pessimista
A indústria da construção segue operando abaixo do usual e com alta ociosidade, aponta a Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores relacionados as condições atuais ainda mostram queda da atividade e do emprego em julho, embora em menor ritmo que o observado no mês anterior.
Os índices de perspectivas dos empresários voltaram a caminhar em direção ao campo otimista. O indicador de expectativa do nível de atividade, inclusive, já aponta para a manutenção do nível de atividade nos próximos meses, ao se posicionar sobre a linha de 50 pontos. Os demais indicadores de expectativa se encontram próximos à linha divisória, que separa expectativa de queda e de crescimento.
Atividade e emprego reduzem ritmo de queda em julho
O indicador de nível de atividade cresceu 1,5 ponto, passando de 42,8 pontos em junho para 44,3 pontos em julho. O indicador de número de empregados variou 0,8 ponto no mesmo período, passando de 41,8 para 42,6 pontos. Valores abaixo de 50 indicam queda da atividade e do emprego em relação ao mês anterior. Quanto mais abaixo dos 50 pontos, mais intensa e disseminada é a queda.
Indústria da construção segue operando abaixo do usual
A ociosidade da indústria da construção permanece elevada. O indicador de nível de atividade efetivo em relação ao usual passou de 29,6 pontos em junho para 30,4 em julho. Valores abaixo de 50 indicam nível de atividade abaixo do usual para o mês.
A utilização da capacidade de operação cresceu 1 ponto percentual entre junho e julho e alcançou 56%. O percentual, no entanto, encontra-se 8 pontos percentuais abaixo da média histórica para o mês.
Expectativas melhoram em agosto
Os indicadores de expectativa mostram menor pessimismo dos empresários em agosto. O indicador de expectativa do nível de atividade atingiu 49,8 pontos, situando-se praticamente sobre a linha divisória de 50 pontos, o que denota expectativa de manutenção do nível de atividade para os próximos seis meses. Os indicadores de expectativa de novos empreendimentos e serviços e de compras de insumos e matérias-primas aumentaram 0,8 e 0,9 ponto, ambos para 48,4 pontos. O indicador de expectativa de número de empregados passou de 47,8 pontos em julho para 48,2 pontos em agosto. Os índices variam no intervalo de 0 a 100 pontos. Valores abaixo de 50 pontos indicam expectativa de queda.
Confiança dos empresários sobe em agosto
O índice de confiança do empresário da indústria da construção atingiu 50,3 pontos em agosto, o que representa um aumento de 1,9 ponto em relação a julho. O valor não indica confiança, tampouco falta de confiança dos empresários, pois está sobre a linha divisória de 50 pontos. A alta observada em agosto é explicada tanto pelo indicador de condições atuais como pelo indicador de expectativa, que cresceram, ambos, 2 pontos na passagem de julho para agosto.
O indicador de condições atuais, no entanto, ainda mostra piora das condições de negócio, uma vez que permanece abaixo da linha divisória, em 43,1 pontos. Por outro lado, os indicadores de expectativa, sobretudo relacionadas a empresa, mostram perspectivas positivas dos empresários, ao atingirem valores acima de 50 pontos.
Empresários estão mais propensos a investir
O índice de intenção de investimento atingiu 29,1 pontos em agosto, aumento de 2,4 pontos em relação ao mês anterior e de 2,3 pontos em relação a agosto de 2016. Apesar da alta, o índice segue muito baixo. O índice varia de 0 a 100 pontos e quanto maior o valor, maior a propensão a investir. (Sinduscon)