Banco Mundial projeta crescimento de 2,4% para o Brasil em 2025
Foto – José Paulo Lacerda CNI – O Banco Mundial divulgou, nesta terça-feira (7), novas projeções para a economia global e manteve o otimismo em relação ao Brasil. Segundo o relatório, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 2,4% em 2025, índice acima da média esperada para a América Latina e Caribe, estimada em 2,3%. A previsão para os próximos anos também segue positiva: 2,2% em 2026 e 2,3% em 2027, mantendo o ritmo de expansão constante.
As estimativas do Banco Mundial superam as previsões do Banco Central e do mercado financeiro nacional. O Relatório de Política Monetária do BC, divulgado em setembro, prevê crescimento de 2% em 2025 e 1,5% em 2026, enquanto o Boletim Focus indica 2,16% e 1,8%, respectivamente. Já o Ministério da Fazenda apresenta um cenário ainda mais otimista, projetando altas de 2,3% e 2,4% para os dois próximos anos, de acordo com o Boletim Macrofiscal de setembro.
No contexto latino-americano, o Banco Mundial destaca que o desempenho econômico da região será modesto, com crescimento de 2,3% em 2025 e 2,5% em 2026. A instituição atribui o ritmo mais lento a fatores externos, como a desaceleração da economia global e a queda nos preços das commodities, e internos, como os altos juros e o baixo nível de investimento público e privado. Países com forte dependência das exportações de matérias-primas, como Brasil, Chile e Bolívia, tendem a sentir mais esses efeitos.
Entre os países com melhor desempenho projetado, a Guiana desponta como destaque, com expansão estimada em 11,8% em 2025, impulsionada pelo setor de petróleo. Já a Argentina deve crescer 4,6% no próximo ano, enquanto a Bolívia enfrenta uma sequência de resultados negativos, com retração prevista de até 1,5% até 2027. O relatório ressalta, contudo, que a região como um todo precisa investir em reformas estruturais para acelerar o desenvolvimento e atrair novos investimentos.

O Banco Mundial reforça que o avanço sustentável depende da modernização de áreas estratégicas, como infraestrutura, educação, regulação e política tributária. Também destaca a necessidade de aproximar o setor privado das universidades e centros de pesquisa, fortalecendo a inovação e ampliando a competitividade das economias locais. Essas medidas, segundo o documento, são essenciais para destravar o potencial de crescimento da América Latina nos próximos anos.
Para Francisco de Oliveira Lima Filho, presidente da Habicamp, os dados reforçam a solidez da economia brasileira e o papel estratégico do setor imobiliário. “Mesmo diante de desafios internos e externos, o Brasil demonstra capacidade de crescimento consistente. O ambiente de estabilidade e reformas pode impulsionar o investimento e consolidar o país como referência de desenvolvimento na região”, destacou.