Santander rivaliza com a Caixa e reduz juros do crédito habitacional
Em nova ofensiva no mercado de crédito imobiliário, o Santander anunciou hoje uma redução na taxa de juros do financiamento habitacional. A partir de hoje, o banco baixou o juro das linhas oferecidas pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) para 8,99% ao ano. A redução acontece uma semana depois de a Caixa Econômica Federal cortar sua menor taxa imobiliária para 9% ao ano.
Apesar da diferença mínima entre uma instituição e outra, o Santander volta a ser a instituição com a menor taxa de juros de crédito imobiliário. As novas condições do banco são válidas até 31 de julho.
Nos três primeiros meses do ano, a carteira de crédito imobiliário do Santander atingiu 29,117 bilhões de reais, alta de 7,6% ante o mesmo período de 2017. No ano passado, o banco liderou o ranking de financiamento à aquisição de imóveis com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
A Caixa reduziu sua taxa de juros após perder mercado para outras instituições. O banco estatal era o único entre os cinco maiores do país com juros acima de 10%. Itaú opera com porcentual a partir de 9%; Banco do Brasil, 9,24%; Bradesco, a partir de 9,45%.
Condições
Para contratar o crédito imobiliário com as novas taxas, é necessário ser cliente pessoa física Santander com relacionamento e optar pelo pagamento do financiamento em parcelas atualizáveis (SAC).
Nessas condições, o banco financia imóveis novos e usados com valores de 90 mil reais a 950 mil reais (DF, MG, RJ e SP) no âmbito SFH, e acima de 950 mil reais (DF, MG, RJ e SP) para taxa de mercado. Nos demais Estados, o valor do imóvel é de até 800 mil reais.
O professor de finanças e sócio da MelhorTaxa, Rafael Sasso, alerta que, apesar de importante, a taxa de juros não deve ser o único ponto considerado pelo mutuário ao escolher o seu financiamento imobiliário. “O consumidor tem que ficar atento porque, mesmo com juros aparentemente baixos, o CET (Custo Efetivo Total) pode ser alto, porque há outros custos embutidos que podem elevar muito o valor do financiamento”, alerta.
Vale destacar que o financiamento de imóveis com recursos do SBPE despencou nos últimos quatro anos. Depois de atingir de 81 bilhões de reais de crédito para a aquisição de imóveis em 2014, o setor viu a liberação de financiamentos cair para 34 bilhões de reais no ano passado, reflexo da crise financeira que levou ao aumento do desemprego, mas também da alta taxa de juros cobrada nos parcelamentos. Pelo menos no que diz respeito aos juros, aos poucos as instituições financeiras estão reduzindo as taxas cobradas. (Veja)