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Conselho de Arquitetura alerta que outros prédios podem desabar em SP

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP), que representa 50 mil arquitetos e urbanistas atuantes em todo estado, emitiu nota na qual relaciona o desabamento de um edifício no centro da capital paulista, na madrugada desta terça-feira (1/5), à falta de uma política habitacional eficaz no país e à má preservação do patrimônio histórico de São Paulo. E alerta: outros prédios da cidade estão em situação parecida, o que pode levar a mais tragédias semelhantes.

A entidade lembra que o Edifício Wilton Paes de Almeida foi projetado pelo arquiteto Roger Zmekhol em 1961 e foi tombado, em 1992, pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo. “Era um dos melhores exemplos da arquitetura moderna na cidade”, destaca o CAU/SP.

O tombamento, porém, não foi suficiente para que a obra fosse preservada, aponta o conselho. “(O prédio) Estava degradado por abandono, falta de manutenção e sucessivas ocupações informais e outras organizadas. Sem se entenderem, o governo, nas diversas esferas, e a Justiça permitiram que o cenário fosse se perpetuando, o que adiou sua possível recuperação e nova destinação, com potencial para amenizar a precária situação habitacional do centro e dar melhor uso à infraestrutura da região”, afirma a nota.

Por fim, a entidade afirma que há “muitas outras construções idênticas” na área. “Antes que novas tragédias aconteçam, é hora de uma ação política urbana articulada, séria e eficaz”, alerta.

“O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo se solidariza com as famílias das vítimas do incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida e lamenta que a tragédia torne explícito mais um exemplo do descaso do Poder Público, em todas as esferas, com o atual quadro urbanístico das nossas cidades e com ausência recorrente de uma Política Habitacional Nacional consistente aliada a preservação do Patrimônio Histórico de São Paulo.

O edifício, projetado pelo arquiteto Roger Zmekhol, em 1961, era um dos melhores exemplos da arquitetura moderna na cidade e foi tombado, em 1992, pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo.

No entanto já estava degradado por abandono, falta de manutenção e sucessivas ocupações informais e outras organizadas. Sem se entenderem, o governo, nas diversas esferas e a Justiça permitiram que o cenário fosse se perpetuando, o que adiou sua possível recuperação e nova destinação, com potencial para amenizar a precária situação habitacional do centro e dar melhor uso à infraestrutura da região.

Há muitas outras construções em situação idêntica na área. Antes que novas tragédias aconteçam, é hora de uma ação política urbana articulada, séria e eficaz a respeito. Não apenas pelos edifícios icônicos, mas sobretudo por justiça social”. (Obra 24h)

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