Nível de atividade da construção paulista avança em agosto e registra 50,3 pontos
Após 18 meses consecutivos de queda, a indústria da construção paulista
apresentou avanço em agosto, rompendo a linha dos 50 pontos e registrando 50,3 pontos. O resultado fica acima do registrado um ano antes (49,3) e do observado em julho (46,6). Contudo, o indicador ainda aponta baixo nível de atividade para o mês de referência.
Já o número de empregados em comparação ao mês anterior recuou levemente na passagem mensal, de 49,4 para 48,8 pontos. Com o resultado negativo, o emprego no setor da construção paulista segue registrando retração mês a mês (leituras abaixo de 50,0 pontos) desde novembro de 2017.
A ociosidade permaneceu elevada em agosto, com a utilização da capacidade operacional (UCO) ficando estável em 56,0%. Com este resultado, a utilização da capacidade está 3,0 p.p. acima da observada no mesmo período de 2018.
Perspectiva
A expectativa do nível de atividade para os próximos seis meses recuou
fortemente de 55,3 para 50,9 pontos, anulando parte do avanço observado nos dois meses anteriores e se afastando do pico registrado em fevereiro. O
mesmo ocorreu com a expectativa de novos empreendimentos e serviços, que passou de 55,3 para 51,6 pontos. Ao permanecerem acima de 50,0 pontos, os indicadores demonstram moderado otimismo no setor.
Apesar da queda de 4,6 pontos para as perspectivas de compras de insumos e matérias primas esperadas para os próximos, que registraram 50,9 pontos, elas permanecem em terreno otimista. Já o indicador de número de empregados foi de 50,9 para 46,0 pontos, adentrando o terreno pessimista e indicando, portanto, uma expectativa de redução no número de empregados nos próximos meses.
Por fim, o índice de intenção de investimento da indústria da construção
paulista (compras de máquinas e equipamentos, pesquisa e desenvolvimento, inovação de produto ou processo) encerrou três leituras consecutivas de alta e recuou de 38,5 para 37,8 pontos. Apesar da queda, a intenção de investimento permanece em nível elevado, comparativamente ao observado nos últimos anos. No mesmo período de 2018, o indicador marcava 30,2 pontos.
Os dados são da Sondagem da Construção do Estado de São Paulo, levantamento feito pela CNI e pela Fiesp, com o apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção e do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo.