Campinas

Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas aprova revitalização do complexo ferroviário

Decisão abre caminho para uma revitalização da região do centro da cidade, sem que afete os prédios tombados

Na última quinta-feira (17), o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), que conta com o Arquiteto Welton Naras Curi, da Habicamp, no conselho titular, aprovou, de forma unânime, a proposta de revisão das resoluções a respeito do tombamento do Complexo Ferroviário. Com isso, projetos poderão ser realizados para uma possível requalificação na região do centro.

O conselho autorizou que as resoluções 137/2015, 129/2014 e 130/2014 sofram alterações, e a partir de então, a Emdec poderá apresentar projetos para a Superintendência do Patrimônio da União (SPU) com o objetivo de melhorar o aproveitamento urbanístico da área.

“A medida chega para reforçar o potencial de uma cidade com quase 200 anos, com grande importância histórica não só para a região, mas a nível nacional. É uma história que deve ser preservada, aliada com a modernização para deixarmos nossa região mais atrativa e inclusiva”, salienta o presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho.

Francisco de Oliveira Lima Filho, presidente da Habicamp

Área de abrangência

Vale ressaltar que a renovação não implica no tombamento de todos os imóveis do complexo. Apenas irá delimitar com mais objetividade a extensão dos prédios tombados, para que possa haver uma restituição na segurança jurídica para garantir a segurança do patrimônio cultural.

Depois da decisão tomada pelo conselho, o órgão técnico que faz a assessoria do Condepacc irá fazer uma proposta das soluções de tombamento. Na sequência, a Emdec poderá apresentar à SPU propostas de uso para aquela área, em concordância com o Plano Diretor.

Plano Diretor

O Plano Diretor Estratégico do Município definiu essa área do Complexo Ferroviário como parte da macrozona de estruturação urbana, que o principal objetivo é a indução de usos urbanos que podem fazer uma cidade mais inclusiva para toda a população. A decisão a respeito do tombamento está de acordo com a política urbana de proteção do patrimônio, que foi definida pelo plano diretor citado acima.

Todo e qualquer projeto de intervenção na área do Complexo Ferroviário será previamente analisada e aprovada pelo Condepacc e demais órgãos competentes.

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