Cerimônia Rio Capivari e afluentes para preservação de áreas de inundação
Trabalho permite ainda estreitar a relação entre o planejamento de Campinas e criar uma cidade sustentável e resiliente
Crédito: Fernanda Sunega – A Habicamp parabeniza e agradece pela oportunidade de participação da entrega do trabalho de refinamento da delimitação da planície de inundação do Rio Capivari e afluentes, no trecho percorrido pelo curso d’água no município de Campinas-SP, elaborado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT, a realizar-se no dia 17/03/2023. “Registramos o nosso agradecimento e felicitações pelo projeto, que tem impacto positivo na cidade de Campinas”, salienta o presidente da Habicamp, Francisco de
Oliveira Lima Filho.
Fonte: Reprodução Prefeitura de Campinas
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) apresentou ao prefeito Dário Saadi nesta sexta-feira, 17 de março, na Sala Azul, os resultados do estudo de delimitação da planície de inundação do Rio Capivari e afluentes no trecho percorrido por estes cursos d’água em Campinas. O estudo desenvolveu metodologia inovadora para o mapeamento das áreas inundáveis, terrenos situados à margem de cursos d’água que inunda durante as cheias.
Com a delimitação do terreno situado à margem do rio, o poder público e a iniciativa privada terão mais segurança para delinear o uso e ocupação do solo. O trabalho permite ainda estreitar a relação entre o planejamento de Campinas e a preservação de áreas de inundação dos cursos d’água, para criar uma cidade sustentável e resiliente, especialmente com a possibilidade de aumento das enchentes devido às mudanças climáticas.
O projeto foi encomendado pela Prefeitura de Campinas. A coordenação foi da Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento com acompanhamento da Defesa Civil.
O prefeito Dário Saadi disse que este é um dia muito importante, de um aporte técnico fundamental para a cidade, em um contrato que foi feito com o IPT pela Prefeitura no sentido de detalhar as planícies de inundação de toda a região da bacia do Capivari. “Era uma demanda antiga na cidade que pode nos trazer dados técnicos concretos e conclusivos sobre a ampliação de ocupação da região”, disse o prefeito. De acordo com Dário, com a delimitação do terreno situado à margem do rio, o poder público e a iniciativa privada terão mais segurança para delinear o uso e ocupação do solo.
A equipe técnica do IPT elaborou um manual com os procedimentos metodológicos usados no estudo. Para fazer o download do e-book, acesse o link: https://conteudo.ipt.br/delimitacao-de-planicies-de-inundacao-e-areas-inundaveis .
Planejamento urbano
Rogério Menezes, secretário municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, disse tratar-se de uma informação científica. “Ao buscar o IPT para fazer um trabalho de fôlego envolvendo visitas de campo, estamos trazendo à luz o melhor para o planejamento do território com critérios claros, tanto para o corpo técnico da Prefeitura quanto para quem deseja empreender”.
O secretário lembra que o estudo auxilia na segurança de que construções vão respeitar o futuro das manchas de inundação para não ter, em um cenário de eventos climáticos extremos, riscos à população, inclusive riscos futuros.
Menezes disse que o estudo apresenta cenários com projeção do que vai acontecer em relação ao volume de água nos rios e afluentes do Capivari até 2050. E ressaltou a importância de todas as secretarias respeitarem as planícies de inundação – que são consideradas áreas protegidas desde a criação da Lei Orgânica do Município (em 1990).
“É importante ver secretários de diversas áreas aqui, pois é um trabalho transversal que envolve diversos aspectos no município. Este projeto é minimamente uma referência estadual, esperamos que seja também uma referência federal”, disse Fabrício Araújo Mirandola, diretor de Estratégia e Relações Institucionais do IPT.
Governança climática
De acordo com Mirandola, o cenário de mudanças climáticas com prevalência de cenários extremos com chuvas intensas, rápidas, volumosas, aliado ao crescimento das áreas urbanizadas em zonas de expansão urbana, com consequente aumento das taxas de impermeabilização do solo, a esperança é de que estudos como o realizado sejam adotados como instrumentos sistemáticos de planejamento urbano e como fomentadores de governança climática.
“O trabalho permite, ainda, estreitar a relação entre planejamento de Campinas e preservação de áreas de inundação dos cursos d’água, visando uma cidade sustentável e resiliente, especialmente porque pode acontecer um aumento das enchentes devido às mudanças climáticas”, disse Andréa Struchel, diretora de Licenciamento Ambiental da SVDS.
Participaram do evento o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella; o secretário de Infraestrutura, Carlos Barreiro; a secretária-adjunta de Planejamento e Urbanismo, Marcela Pupin; o diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado; a diretora de Desenvolvimento Sustentável, Ângela Guirao, e o secretário-executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz.
O trecho da bacia hidrográfica contido no município de Campinas corresponde a uma área aproximada de 220 km², localizada no terço médio do rio Capivari.