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Ciesp aponta para recuperação da economia

As empresas associadas ao Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas registraram 150 demissões no mês de setembro, no entanto, esse número é bem menor se for comparado às demissões para o mês de setembro desde o ano de 2015.

Em 2016, foram 900 demissões e em 2015 foram 650 postos de trabalho fechados. No acumulado de janeiro a setembro de 2017, temos um saldo positivo de 350 vagas. Seguindo uma tendência dos meses, alternando com contratações e demissões independente do quadro dos próximos meses de outubro, novembro e dezembro, certamente o nível de emprego industrial fechará numa situação muito melhor do que foi registrado em 2016 com cerca de 5.750 demissões e em 2015 quando foram fechados 9.400 postos de trabalho.

A avaliação é do diretor do Ciesp Campinas, José Nunes Filho. A tendência, projeta Nunes Filho, é de encerrar 2017 num ritmo mais positivo. “Nós queremos é chegar no final do ano com estabilidade no emprego, ou seja, com nível de emprego próximo do zero ou acima do zero, o que nos dá já uma tranquilidade em relação aos dois anos anteriores”, diz.

Para o economista e professor da Faculdades de Campinas (Facamp) José Augusto Ruas, o nível de emprego em 2017 segue um quadro mais positivo que nos dois últimos anos. “Se você olhar sobre a perspectiva anual, é um ano extremamente positivo. A gente olhar e ver que parou de cair é algo a ser comemorado. Ficar no zero seria ótimo porque a gente parou de cair”, avalia.

 

Recuperação

A pesquisa de sondagem industrial elaborada pelo Centro de Pesquisas Econômicas da Facamp junto às associadas do Ciesp Campinas mostra que houve uma melhora no nível da capacidade instalada das empresas, o que reflete um ligeiro aumento de produção.

Para Nunes Filho, os dados refletem que a situação econômica está melhorando e demonstrando um certo nível de reação. “Estamos recuperando a capacidade ociosa a princípio e, depois, devemos passar para um aumento da capacidade que seria a compra de novas máquinas, aumento da produção e mais contratação. Os sinais são muito positivos.”

Para que ocorra por parte dos empresários um nível maior de investimento, o diretor do Ciesp reconhece, entretanto, que são fundamentais pontos como a conclusão das reformas e a contenção do déficit público. “Se o governo realmente conseguir terminar as reformas e conseguir conter o déficit público nós vamos ter um 2018 bom”, argumenta.

José Nunes Filho disse que comércio exterior teve pontos bem positivos em setembro com um comércio internacional mais vigoroso, com um aumento de 29,1% na corrente de comércio. “Houve um aumento expressivo das importações, o que demonstra que as empresas da região de Campinas estão produzindo mais porque estão importando mais componentes e matérias primas.” Para ele, mostra um maior vigor na economia e uma recuperação dessas empresas com a diminuição da capacidade ociosa. “Significa que logo vamos entrar na área de investimentos, então eu vejo com muito otimismo. Os números são bons e são favoráveis. A gente espera que se mantenham”, finaliza Nunes Filho. (DCI)

 

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