Confiança da construção registra sexta alta consecutiva
O Índice de Confiança da Construção (ICST) da Fundação Getulio Vargas subiu 1,1 ponto em novembro, para 79,1 pontos, considerando-se dados ajustados sazonalmente. Esta foi a sexta alta consecutiva do índice.
“Em novembro, vale destacar que a percepção das empresas em relação à carteira de contratos teve forte avanço. Também houve aumento nas assinalações de contratações de mão de obra nos próximos meses – o indicador registrou a terceira alta consecutiva, atingindo o maior patamar desde dezembro de 2014. Assim, as empresas chegam com a percepção de que a situação corrente dos negócios teve uma “despiora” ao longo do ano. O avanço não foi grande, o Índice de Situação Atual ainda se encontra distante de sua média histórica, mas estes resultados representam uma sinalização importante de melhora da atividade da construção nos últimos meses do ano, o que, por sua vez, traz perspectivas mais positivas para o setor em 2018”, avaliou, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE.
O avanço do ICST em novembro deveu-se exclusivamente a melhora da situação presente das empresas. O Índice da Situação Atual (ISA-CST) variou 3,0 pontos, para 69,2 pontos – esta é a maior variação desde maio de 2014 (4,0 pontos). O indicador que mais influenciou a alta do ISA-CST foi o que mede a situação atual da carteria de contratos, que subiu 4,2 pontos, para 67,8 pontos.
Já o Índice de Expectativas (IE-CST), após cinco meses de altas consecutivas, recuou ao variar -0,8 ponto, atingindo 89,4 pontos. O indicador que mais contribuiu negativamente o IE-CST foi o que mede a demanda para os três meses seguintes, que caiu -2,1 pontos, para 88,2 pontos.
Com a alta do ISA-CST e a queda do IE-CST em novembro, a diferença entre os dois indicadores diminuiu para 20,2 pontos, a menor distância desde janeiro de 2017. Esta forte subida do ISA-CST decorreu da melhora do cenário atual dos três grandes segmentos: em Edificações, que subiu 3,0 pontos; Obras de Infraestrutura, 2,8 pontos; e Serviços Especializados, 1,5 ponto.
Em apenas três meses, o ISA do segmento de Edificações subiu 6,8 pontos. Na comparação anual, este segmento também é o que apresenta melhor resultado. “Há uma grande expectativa de retomada dos investimentos em infraestrutura, fortalecida pelos leilões realizados ao longo do ano. No entanto, os investimentos ainda irão demorar a repercutir na atividade. Por outro lado, o segmento de edificações tem uma capacidade de impactar mais rapidamente”, observou Ana Castelo.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor variou -1,6 ponto percentual (p.p.), alcançando 63,8%. O NUCI de Mão de Obra e o de Máquinas e Equipamentos também apresentaram queda: 1,8 p.p. e 0,5 ponto percentual, respectivamente. (Agência IN)