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Construção civil mantém otimismo apesar de cenário desafiador

Setor encara juros altos e falta de mão de obra, mas aposta em tecnologia e novos métodos

O ano de 2025 vem se mostrando morno para a construção civil no Brasil, com poucos sinais de melhora no curto prazo. Um levantamento realizado pela consultoria Falconi, no estudo “Termômetro da Construção Civil”, aponta que seis em cada dez executivos do setor enxergam estagnação e acreditam que o cenário deverá se manter pelos próximos meses.

Entre os principais entraves, destacam-se o alto custo do crédito, com taxas de juros elevadas que dificultam financiamentos de obras, e a falta de mão de obra qualificada, que voltou a ganhar relevância no debate do setor. Ainda assim, a pesquisa revela que a construção civil não perde o otimismo: 58% dos líderes consultados demonstram confiança em um desempenho melhor nos próximos seis meses, enquanto 41,7% adotam postura mais cautelosa.

O estudo também mostra que, mesmo diante das dificuldades, há disposição para investimentos estratégicos em 2025. As prioridades estão voltadas para a aquisição e desenvolvimento de novas tecnologias (75%), a ampliação do uso de métodos construtivos industrializados (50%) e a busca por melhorias na gestão de custos das obras (50%), caminhos que podem aumentar a eficiência e reduzir riscos.

O presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho.

Quando se trata de obstáculos, a escassez de profissionais qualificados foi apontada por 71% dos executivos, superando os 52% registrados em 2023. Na sequência aparecem as taxas de juros (48%), o custo de materiais e serviços (37%) e a própria demanda de mercado (36%), que no levantamento anterior havia sido a preocupação dominante.

Para o presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho, os números reforçam a resiliência do setor: “Mesmo diante de juros altos e da falta de mão de obra, a construção civil segue confiante. O foco em inovação e em novos métodos de trabalho mostra que o setor está disposto a se adaptar e a continuar sendo motor de desenvolvimento econômico”, avaliou.

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