Construção civil na Região Metropolitana de Campinas tem o pior mês do ano, com 217 vagas fechadas
Em outubro, 217 vagas do setor da construção civil foram fechadas nos 20
municípios que integram a Região Metropolitana de Campinas (RMC). Foi o
terceiro mês consecutivo de baixa e o pior mês do ano para o setor. No
acumulado do ano – de janeiro a outubro – o saldo está positivo em 3009
vagas abertas. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (21) pela Secretaria de Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
Indaiatuba foi a cidade com maior perda de postos de trabalho com carteira
assinada. No mês passado, o setor admitiu 133 trabalhadores e demitiu 573,
com saldo negativo de 440 vagas. Em Campinas, o salto também ficou negativo, com nove postos fechados (864 admissões e 873 demissões). Também fecharam outubro no vermelho: Holambra (10), Hortolândia (10), Pedreira (41) Sumaré (46) e Valinhos (13).
Por outro lado, Paulínia voltou a ter saldo positivo, com a geração de 165
vagas com carteira assinada. Santo Antônio de Posse teve 92 contratações,
seguida por Cosmópolis (54). No total, 13 cidades tiveram mais admissões que demissões.
NO ANO
No acumulado do ano, a construção civil ainda continua com saldo positivo.
Foram gerados 3.009 postos de trabalho de janeiro a outubro na RMC Dos 20
municípios da RMC, somente três ainda continuam com saldo negativo:
Hortolândia (aumentou o déficit em dez vagas, para 195), Paulínia (passou de 378 para 211) e Santo Antônio de Posse (caiu de 19 em setembro para 17 em outubro).
Segundo o presidente da Associação das Empresas do Setor Imobiliário e da
Habitação de Campinas e Região (Habicamp), Francisco de Oliveira Lima Filho, é preciso analisar os dados de forma do Caged com um olhar mais atento. O governo federal não divulga dados por segmentos. “A construção civil não é apenas o de lançamentos de empreendimentos como casas e prédios. A cadeia abrange obras industriais e infraestrutura”, ressalta.
No segmento de empreendimentos, lembra ele, o setor está andando bem, com diversos lançamentos em toda a região e contratações por parte das empresas. “Pode ocorrer demissões pontuais por parte de construtoras com a entrega de empreendimentos finalizados, mas é muito pouco”, afirma. “Acredito que isso se deve mais à falta de investimentos em construções industriais neste final de ano e, possivelmente, com finais de obras de infraestrutura na região, já que tivemos cortes de orçamentos em todas as esferas de governo, para ajuste de orçamento”, completou.
QUADRO POR CIDADES – SETEMBRO DE 2019
Cidade
AGOSTO
ACUMULADO DE 2019
CIDADE
ADM
DEM
SAL
ADM
DEM
SALDO
Americana
127
119
08
1.479
1.380
99
Artur Nogueira
22
16
06
149
134
15
Campinas
864
873
– 09
9.132
7.670
1.462
Cosmópolis
90
36
54
570
463
107
Eng. Coelho
02
00
02
11
08
03
Holambra
03
13
– 10
105
96
09
Hortolândia
87
97
– 10
695
890
– 195
Indaiatuba
133
573
– 440
3.475
2.912
563
Itatiba
142
93
49
1.143
779
364
Jaguariúna
48
20
28
225
198
27
Monte Mor
31
28
03
451
357
94
Morungaba
12
03
09
36
14
22
Nova Odessa
28
23
05
236
188
48
Paulínia
323
158
165
3.181
3392
– 211
Pedreira
35
76
– 41
512
222
290
Santa Bárbara
65
54
11
752
682
70
Santo A. Posse
19
17
92
142
159
– 17
Sumaré
146
192
– 46
1724
1600
124
Valinhos
36
49
– 13
616
534
82
Vinhedo
37
27
10
318
265
53
Saldo
2.250
2.467
– 217
24.952
21.943
3.009