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Construção civil ultrapassa 3 milhões de empregos formais

Setor registra crescimento sólido no número de trabalhadores com carteira assinada, mas ritmo desacelerou

Foto: José Paulo Lacero / CNI – A construção civil brasileira superou, em maio de 2025, a marca de 3 milhões de trabalhadores com carteira assinada, conforme os dados mais recentes do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O setor contabilizou 3.006.760 empregados formais, crescimento de 0,56% em relação a abril. O número representa a maior força de trabalho formal da construção civil dos últimos anos, ficando próximo ao recorde histórico de outubro de 2013, quando havia 3.073.915 profissionais registrados.

No acumulado de 12 meses até maio, o setor apresentou um crescimento de 3,40% no número de empregos formais, com a criação de 98.734 novas vagas. Em junho de 2024, eram 2.908.026 trabalhadores registrados, evidenciando o avanço do setor ao longo do ano. Apesar da expansão consistente, especialistas apontam que o desempenho de maio indica um ritmo mais lento na geração de empregos.

O mês de maio registrou 16.678 novas vagas — o menor resultado do ano até agora — com uma queda de 47,24% em comparação com abril, quando foram criadas 31.612 vagas. No acumulado de janeiro a maio de 2025, a construção civil criou 149.233 empregos formais, número que representa uma redução de 6,70% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), destaca que, embora os dados confirmem a força do setor como gerador de empregos, a desaceleração em maio acende um sinal de alerta. Para ele, o impacto de fatores econômicos, como os juros elevados, pode estar limitando os investimentos em obras e habitação. A economista-chefe da CBIC, Ieda Vasconcelos, também defende cautela e a necessidade de observar os próximos meses para entender se a queda é pontual ou o início de uma tendência.

O presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho.

Para Francisco de Oliveira Lima Filho, presidente da Habicamp, os dados refletem tanto a força quanto os desafios do setor. Ultrapassar os 3 milhões de empregos formais mostra o peso da construção civil na economia nacional. Mas é essencial ficar atento à desaceleração, que pode indicar o impacto das condições macroeconômicas sobre os investimentos e contratações no setor”.

Entre os segmentos, a construção de edifícios liderou a geração de empregos em 2025, com 59.726 novas vagas, seguida por serviços especializados (45.252) e obras de infraestrutura (44.255).

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