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Crédito imobiliário vai melhorar, diz presidente do Santander

A retomada dos empréstimos para pessoas físicas no Brasil deve ocorrer neste semestre e será guiada pelo crédito imobiliário, de risco menor para os bancos, de acordo com Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil. “Acho que o crédito imobiliário vai destravar [o mercado de crédito]. Não vai ter muito empreendimento, porque não vai ter tanta demanda. Mas é por aí que vem uma retomada”, afirmou. Esse tipo de empréstimo é considerado mais seguro para os bancos pela possibilidade de retomada do imóvel em caso de inadimplência do cliente que pegou o crédito.

De olho no segmento e para tentar aumentar sua participação em um mercado que mantém o cliente na instituição por um prazo que pode chegar a três décadas, o banco apresentará nesta quinta (6) uma iniciativa para incorporadoras e pessoas físicas. O objetivo é encurtar o prazo de concessão do crédito imobiliário para o intervalo de 60 a 90 dias -hoje está na faixa de 90 a 120 dias.

O banco também anunciará que reduzirá a taxa de juros para o financiamento imobiliário para abaixo de 10% a partir desta sexta (7). “Vamos lançar um aplicativo que representa todo um redesenho do nosso processo na tentativa de reduzir o prazo médio de concessão no Brasil”, afirmou Rial.

Segundo Gilberto Abreu, diretor do Santander, a redução do prazo se dará pela digitalizacão do processo, que será feita completamente por meio do aplicativo.

O cliente do banco interessado em comprar um imóvel de outro cliente terá só que fotografar a certidão de casamento ou nascimento e a documentação do local. Não clientes deverão também digitalizar identidade, comprovantes de renda e de residência. O banco é o quarto maior em financiamento imobiliário no país, atrás de Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Bradesco, segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

Até maio, o financiamento imobiliário concedido com recursos da poupança acumulava queda de 8,6%, somando R$ 16,8 bilhões.

De acordo com Rial, o dinheiro liberado das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) teve um impacto maior que o esperado no sistema financeiro e na economia.

Segundo ele, o impacto dos recursos liberados fez o banco reduzir a provisão contra calote de clientes.

O presidente do Santander Brasil afirmou, porém, que é preciso esperar pelo menos seis meses para avaliar o real impacto do dinheiro no sistema financeiro e na economia como um todo. (Folha de São Paulo)

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