Cresce consumo de energia solar na RMC
O investimento em placas solares para a geração de energia elétrica aumentou
34% na RMC (Região Metropolitana de Campinas), segundo dados da CPFL
Paulista, CPFL Piratininga e CPFL Santa Cruz, que atendem as 20 cidades da
região. A redução na conta de energia pode chegar a até 95%.
De acordo com os dados, neste ano até o mês de junho, foram instalados 1.052
painéis em toda a região, contabilizando clientes domésticos e comerciais,
ante 785 em todo o ano passado.
O número é ainda mais expressivo quando comparado ao ano de 2014, quando
foram instalados 12 painéis. Nesse caso, o aumento foi de 8.666%. Em 2015
foram instalados 37 painéis e em 2016, 237.
Ao investir em um projeto de geração solar, o consumidor passa a produzir a
sua própria energia, podendo reduzir em até 95% o valor da sua conta de luz
e contribuindo para o meio-ambiente, ressalta a empresa.
Pelas regras definidas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), os
clientes podem abater da conta de luz o volume de energia produzido pelos
painéis solares. “Quando o consumo é menor do que o volume gerado, a
diferença se torna um crédito, usado para reduzir a fatura com a
distribuidora local. Os clientes ainda precisarão das concessionárias para
atender a demanda à noite, quando não há geração de energia”, informou a
agência.
Desde dezembro de 2012, quando a micro e mini geração distribuída foi
regulamentada pela Aneel, o valor do investimento inicial já caiu entre 15%
e 20% e hoje está na faixa de R$ 15 mil a R$ 20 mil, dependendo do porte do
projeto a ser instalado na unidade consumidora do cliente. Com a economia
gerada na conta de luz, o cliente tem retorno entre seis e sete anos.
A Envo, braço da CPFL Energia para a geração distribuída solar para
residências e clientes comerciais e industriais de pequeno porte, instalou
no Colégio Antares, em Americana, um sistema de geração solar fotovoltaica
para que a instituição gere sua própria energia elétrica. O projeto,
entregue no final de julho, contemplou a instalação de 180 placas
fotovoltaicas sobre o telhado do colégio, que fica no Jardim Brasília.
O sistema supre 83% da demanda por energia e garante a economia na conta ao
final de cada mês. Antes da implantação, o colégio tinha, em média, um
consumo de 90 mil kWh e gastos de cerca de R$ 45 mil com a conta de energia
ao ano. Com a implantação do sistema solar, esse consumo reduz para 16.378
kWh ao ano, e diminui para R$ 7.691 os gastos com energia. As informações
foram divulgadas pela Envo.
O sistema instalado, que teve investimento de R$ 217,1 mil, gera 73.622 kWh
ao ano. Para efeitos de comparação, essa energia é suficiente para abastecer
cerca de 30 residências com consumo médio de 200 KWh por mês. “As empresas
estão buscando alternativas para reduzir as suas despesas com energia,
devido ao aumento das tarifas do mercado cativo. Além de proporcionar
economia, a solução de geração solar distribuída também reduz o impacto ao
meio ambiente, já que o sol é uma fonte limpa e renovável”, diz a diretora
de Inteligência de Mercado da CPFL Energia, Fabiana Avellar.
O Colégio Antares inaugurou recentemente sua unidade 3, onde os painéis
foram instalados, um prédio com uma concepção moderna, que visa atender
diversas características pedagógicas, sociais e sustentáveis. Após a
realização do estudo de viabilidade, a diretoria do Colégio optou pela
implantação do sistema de geração fotovoltaica que, além de ser uma
tendência no mercado internacional e produzir energia limpa e renovável, vai
promover significativa redução de gastos para o colégio.