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Emprego na construção brasileira sobe pelo terceiro mês consecutivo

O nível de emprego na construção civil brasileira subiu 0,02% em setembro na comparação com agosto. Com a contratação de 545 trabalhadores, o estoque de trabalhadores foi de 2.460.419 para 2.460.964. O resultado negativo dos últimos 12 meses está -8,40% (-225.587). Na comparação com setembro de 2016, o resultado é negativo em 11,84%.

Ao se desconsiderar os efeitos sazonais*, o emprego registrou queda é de 0,48% em setembro na comparação com agosto (-11.617), chegando a 36 meses de baixas consecutivas.

Os dados são da pesquisa realizada pelo SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

Os números ainda não mostram uma recuperação do emprego na construção, analisa o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto. “Em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, o nível de emprego no setor continua caindo. E a queda no país, de 8,4%, acontece em todas as unidades da Federação, na comparação de 12 meses”, constata.

Segundo Romeu Ferraz, novas contratações na construção poderão ocorrer de forma mais consistente a partir de 2019. “A sinalização positiva vem do aumento das vendas e dos lançamentos de imóveis, das novas contratações do Programa Minha Casa, Minha Vida e de futuros investimentos em infraestrutura, se forem adiante as esperadas concessões e parcerias público-privadas”, comenta.

Segmentação

Em setembro, na comparação com agosto, os seguimentos com as principais altas foram Engenharia e Arquitetura (0,46%), Preparação de terreno (0,42%) e Infraestrutura (0,39%). Na outra ponta, Obras de instalação e Incorporação de imóveis tiveram baixa de 0,37% e 0,35%, respectivamente.

Em 12 meses, todos os segmentos apresentam queda, sendo as maiores baixas em Imobiliário (-11,68%), Obras de acabamento (-9,81%) e Preparação de terreno (-8,87%).

Por regiões

Das cinco regiões do Brasil, registraram altas Norte (1,61%), Nordeste (0,22%), Sul (0,12%) e Centro-Oeste (0,09%). O emprego no Sudeste caiu 0,27% em setembro em relação ao mês passado.

No Sudeste, as quedas se concentraram em São Paulo (-0,46%), Rio de Janeiro (-0,25%) e Espírito Santo (-0,15%). Minas Gerais teve alta de 0,13%.

Na região Norte, quase todos os estados registraram elevação no emprego (exceto Rondônia que permaneceu estável), sendo as maiores em Roraima (5,31%), Tocantins (3,42%) e Pará (2,08%).

No Nordeste, houve crescimento nos postos de trabalho no Maranhão (0,74%), Piauí (0,53%) e Bahia (0,51%). Na outra ponta, tiveram quedas Sergipe (-1,07%) e Paraíba (0,34%).

No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul registrou baixa (-2,01%), bem como Distrito Federal (-0,30%). Mato Grosso teve elevação de 2,07% e Goiás 0,17%.

Por fim, na região Sul o Paraná teve queda de 0,02%. Altas registradas no Rio Grande do Sul (0,25%) e Santa Catarina 0,16%.

Estado de São Paulo

Em setembro houve queda de 0,46% no emprego em relação ao mês anterior. O estoque de trabalhadores foi de 673,9 mil em agosto para 670,8 em setembro (-3.115). Em 12 meses são menos 61.746 trabalhadores no setor (-8,43%). Desconsiderando a sazonalidade**, houve redução de 0,52% (-3.445 mil vagas).

Na comparação setembro contra agosto as maiores quedas foram em Obras de instalação (-0,91%), Infraestrutura (-0,90%) e Preparação de terreno (-0,88%).

Na capital, que responde por 43,09% do total de empregos no setor, a queda em setembro relativo ao mês anterior foi de 0,13% (-362 vagas). Em 12 meses, São Paulo registra retração de 9,46% (-30.217 vagas).

Entre as Regionais do SindusCon-SP apenas Bauru registrou elevação no emprego (0,94%). As maiores quedas foram em São José dos Campos (-1,99%), Sorocaba (-1,26%) e Santo André (-0,95%). (Canal Executivo)

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