Habitação

Habicamp na mídia: Preço do aluguel deve se manter estável

Pagar aluguel sempre pesa no bolso do inquilino, mas o valor da locação pode ser a principal fonte de renda do proprietário do imóvel. Essa equação, que nem sempre é equilibrada, mudou um pouco nos últimos anos com a crise econômica. O valor dos alugueis caiu 3,40% em Campinas no ano passado, conforme o Índice FipeZap de Locação. O custo médio do metro quadrado em 2017 foi de R$ 20,61. O declínio é justificado pela lei da oferta e da procura: existem mais imóveis à disposição do que pessoas querendo alugar.
O mercado prevê que a tendência neste ano é manter a estabilidade dos preços. Representantes de imobiliárias observam que a baixa dos valores das locações tinha sido ainda mais acentuada em 2016. Nesse cenário, a palavra de ordem é negociar. Os inquilinos lembram que não é só o aluguel que pesa, tem o condomínio e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
O vice-presidente de Comercialização da Habicamp, Douglas Vargas, afirma que existem mais produtos para locação do que inquilinos querendo alugar. “Cada região da cidade tem um perfil de moradores. Em áreas como o Parque Prado, o perfil do inquilino é mais familiar. No Centro, são estudantes e pessoas sozinhas. Campinas tem uma grande oferta de imóveis para locação. Dessa forma, o preço cai” , diz.
Ele ressalta que o locador deve pensar que é melhor negociar com o interessado na locação do imóvel do que deixá-lo fechado. “Negociar é a chave para garantir um acordo que seja bom para quem busca um imóvel e quem está alugando. Um imóvel fechado significa mais custo para o proprietário. Se o aluguel é a renda do dono, ele acaba tendo um imenso prejuízo”, comenta. Vargas exemplifica que muitas empresas estão fazendo pacotes que estabelça um preço no aluguel que permita fechar o negócio “O pacote inclui aluguel, condomínio e imposto”.
“O proprietário do imóvel tem que ceder um pouco para garantir a locação e o inquilino também deve entender que não dá para conceder tudo o que ele quer. A negociação tem que ser boa para as duas partes”, salienta o diretor lembrando que é melhor reduzir o valor do que arcar com os custos de um imóvel fechado. Vargas frisa que o dono deve garantir a qualidade do imóvel. O espaço deve estar sempre muito bem cuidado.
Para ele, 2018 promete manter a estabilidade nos preços do aluguel dos imóveis. “Há dois fatores que irão influenciar no ano: a eleição presidencial e a Copa do Mundo da Rússia. A economia já se descolou da crise política, mas não dá para garantir que não teremos sobressaltos. O bom é que a economia está em uma trajetória de alta novamente depois de alguns anos de queda”, analisa.

Relação
O diretor de Gestão Patrimonial e Locação da Regional Secovi em Campinas, Rui Scaranari, afirma que o índice FipeZap mostra o valor médio dos alugueis cobrados no mercado. “Temos hoje uma questão de oferta e demanda. Temos mais imóveis disponíveis para locação do que inquilinos. Dessa forma, o valor do aluguel cai”, comenta.
Ela ressalta que o Brasil está saindo lentamente de uma crise e, se não existir nenhum outro percalço no caminho, a partir de 2019 a situação do País estará bem melhor. “A tendência é que a confiança do consumidor volte com a ampliação da oferta de empregos. Nos últimos dois anos, as pessoas estavam inseguras porque o desemprego aumentou e a tendência era de corte de gastos do orçamento doméstico” , diz.
O diretor do Secovi comenta que é importante que proprietário e inquilino tenham uma boa relação. “É muito mais fácil o diálogo entre eles se tiverem uma boa relação. Dessa forma fica mais tranquilo discutir reajuste, descontos, manutenção do imóvel. Os cuidados com o imóvel são fundamentais para garantir um valor de acordo com o mercado” , pontua.

Negociação

O vendedor Lauro Mariano conta que negociar com proprietários e imobiliárias nunca foi tarefa fácil. “Moro de aluguel há quase 15 anos. Tinha uma época que nem adiantava tentar dialogar com os proprietários. Eles colocavam um preço e acabou. Hoje está mais fácil. Tem muito apartamento para locar. No ano passado, mudei de apartamento porque nasceu meu filho. Consegui um novo imóvel de três dormitórios por um custo mais em conta do que meu antigo apartamento de dois dormitórios. Mas é preciso negociar bastante antes de fechar o contrato e ainda ver bem as condições do imóvel”, diz. (Correio Popular)

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