Imóveis: índices mostram recuperação de valores no início de 2020
O mercado de imóveis residenciais na cidade de Campinas, assim como no Brasil, começa o ano de 2020 com índices que apontam uma recuperação gradual em valores. Os dados de janeiro, divulgados neste mês, mostram uma trajetória positiva tanto no que se refere à locação como venda. Para os proprietários, as boas notícias significam recuperação do capital investido a médio o longo prazo. Para quem deseja comprar uma casa ou apartamento ou mesmo alugar, os números representam uma oportunidade de “garimpar” bons negócios.
O preço de imóvel residencial começou 2020 em alta na cidade de Campinas. Em janeiro, o valor médio para venda na cidade registrou alta de 0,22%, segundo o Índice FIPEZAP, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, em parceria com o Grupo ZAP. O índice local ficou ligeiramente acima da média nacional das 50 capitais e municípios monitorados (0,16%). No mesmo mês do ano passado o Índice registrado foi de -0,19%.
Quando analisado no período maior, de doze 12 meses, o preço do imóvel residencial em Campinas acumula uma alta de 1,21%, superior aos 0,40% fechados no mesmo período de 2019. Apesar da recuperação dos preços neste inicio do ano, o valor médio do metro quadrado em janeiro ficou em R$ 5,378, abaixo dos R$ 5.350. A média nacional no primeiro mês de 2020 foi de R$ 6.982. Em termos comparativos, o valor do m2 em Campinas ocupa a 19ª posição entre as 50 capitais e municípios pesquisados.
ALUGUEL
Outro índice anunciado nesta semana mede o valor do aluguel. No Brasil, o valor médio no mês de janeiro deste teve uma alta de 0,38%, enquanto o acumulado em 12 meses atingiu 4,90%. No caso de Campinas, o aumento ficou abaixo: 0,21% no mês passado e 1,95% no acumulado de 12 meses. Em termos reais, o valor do metro quadrado para locação residencial ficou em R$ 21,49, com uma rentabilidade de 0,40%.
Para o dono de um imóvel, adquirido como investimento e fonte de renda, embora não tão alta, a recuperação indica que o capital investindo em anos passados tende a se tornar uma fonte atrativa de renda nos próximos anos. Ainda mais quando confrontada com as baixas taxas de rendimentos de aplicações tradicionais, como poupança ou outro tipo de investimento. Nestes casos, a rentabilidade anual não deve chegar a 1%, segundo as previsões de mercado e especialistas.
MOMENTO BOM PARA COMPRA E LOCAÇÃO
Analisando do lado do consumidor. As notícias também são alvissareiras. Para quem sonha em comprar um imóvel, seja para investimento, seja para moradia, os valores atuais ainda estão bem abaixo do início dos anos 2010. A partir de 2023, com o inicio da crise, os preços de vendas sofreram forte queda. Assim, a tendência é de recuperação nos próximos anos. Mas para quem pretende comprar, esta é uma boa hora para achar bons preços e negociar com os proprietários ou construtoras. Vale, ainda, ressaltar que o mercado financeiro tem aumentado os créditos para financiamento imobiliário, com taxas mais atrativas.
No caso do aluguel, apesar do aumento verificado pelo Índice FIPEZAP, o que se percebe é uma tendência de estabilidade de reajustes ao longo do ano. Isso ocorre pelo excesso de imóveis ainda fechados, ainda abaixo da demanda do mercado. Com isso, proprietários tendem a ser mais flexíveis na hora de negociar valores, já que para ele é mais vantajoso alugar sua casa ou apartamento e, dessa maneira, ficar arcando com despesas extras.
Nossa expectativa para 2020 é de otimismo. Isso tem a ver com a baixa inflação, taxa Selic no menor patamar da história do País. Este quadro traz mais ativos do mercado financeiro para o mercado imobiliário, sendo muito bom para a economia, a produção e geração de emprego. (A Cidade On)