Impostômetro bateu em R$ 1 trilhão nesta segunda-feira
O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) atingiu nesta
segunda-feira (4/6), às 7h50, a marca de R$ 1 trilhão, com 12 dias de
antecedência em relação 2017.
O valor equivale ao total de impostos, taxas e contribuições
ano nos três níveis de governo: municipal, estadual e federal.
Para Alencar Burti, presidente da ACSP, a antecipação na arrecadação
evidencia que os governos têm recebido mais dinheiro dos contribuintes, em
função da recuperação econômica e também do aumento de alíquotas, como foi o
caso dos tributos que incidiam sobre os combustíveis:
“Ainda que o governo possa perder a arrecadação do diesel, essa perda seria
insignificante face ao tamanho do bolo tributário brasileiro”.
Segundo Burti, que também preside a Federação das Associações Comerciais do
Estado de São Paulo (Facesp), a redução de Cide, PIS e Cofins sobre o diesel
?medida que reduzirá a arrecadação ?não é razão para que o governo tente
compensar essa perda com elevação de outros tributos.
“O governo não pode jogar essa conta para a população, que já é muito
onerada. Não podemos tirar do horizonte a necessidade de os governos
melhorarem a gestão dos recursos e a qualidade dos serviços que oferecem à
sociedade”.
Do valor de R$ 1 trilhão que a população terá pago na segunda-feira, cerca
de R$ 654,9 bilhões (66%) vão para o governo federal, R$ 280,8 bilhões para
o tesouro estadual e R$ 64,1 bilhões (6%) para os cofres municipais.
Ano após ano, o governo tem arrecadado R$ 1 trilhão cada vez mais
rapidamente. Em 2010, para se ter uma ideia, esse montante foi registrado
pelo Impostômetro em outubro.
A expectativa é de que no dia 31/12/2018 o Impostômetro alcance um número
próximo de R$ 2,39 trilhões ? valor superior ao registrado em 2017 (R$ 2,17
trilhões).
“Ainda assim, espera-se um déficit público de mais de R$ 100 bilhões nesse
ano, o que mostra como é excessivo o gasto do governo”, conclui Burti.
(Diário do Comércio)