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Investimento do 1º trimestre em Campinas atinge R$ 1 bi

Campinas acumulou R$ 994,9 milhões em investimentos anunciados no primeiro trimestre do ano, segundo a Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp), da Fundação Seade, divulgada ontem. O valor é 74% maior que os R$ 571,9 milhões verificados entre janeiro e março de 2017. A cidade foi a única da Região Metropolitana (RMC) que teve investimentos divulgados no início do ano.
O crescimento mostra que, pelo menos no primeiro trimestre, havia uma expectativa dos empresários de saída do País da crise. Especialistas, no entanto, afirmam que o ano eleitoral deve segurar decisões de investimentos até que seja conhecido o futuro presidente do Brasil. O setor de serviços foi o que mais apostou na melhoria da economia, no primeiro trimestre. O setor foi responsável por 99,33% dos investimentos anunciados na cidade. A infraestrutura respondeu por 0,64% e o comércio, por 0,02%. A indústria não anunciou investimentos entre janeiro e março.
Mesmo com a crise que se intensificou no País a partir do segundo trimestre de 2014 e gerou um clima de incerteza e insegurança, dificultando a realização de investimentos, especialmente os de médio e longo prazos, Campinas está se destacando. Setores importantes anunciaram que vão aumentar a capacidade produtiva ou abrir novos estabelecimentos.
Um desses anúncios é do Royal Palm Hotels & Resorts, que inaugurou este ano o centro de convenções, e vai construir o hotel Royal Palm Tower Anhanguera, o Hotel Contemporâneo, um shopping e três torres de escritórios, num investimento de US$ 185,12 milhões (R$ 668,6 milhões). Outro investimento anunciado no primeiro trimestre, de US$ 2,47 milhões (R$ 9,1 milhões) foi a instalação de um minicentro de operação e monitoramento da rede elétrica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que supervisionará os transformadores de energia e unidades de ensino e pesquisa para melhor a eficiência energética. Outros investimentos foram anunciados pela E. Pulse Studio na abertura de academia com um sistema que permite estimular simultaneamente vários músculos com a eletroestimulação e pela Casa de Bolos, na inauguração de loja especializada em bolos caseiros.
Os setores estão frustrados com a lenta recuperação da economia, disse o economista e consultor de negócios, Carlos Henrique Cardoso. “O mercado financeiro reduziu suas projeções de crescimento da economia e expectativa de alta para o PIB este ano foi de 1,94% para 1,76%. É um ano de incertezas em relação ao futuro. Quem será o presidente da República, que política econômica adotará? Isso tudo ainda é muito nebuloso e interfere na decisão de investimento do empresariado”, disse.
Campinas ainda consegue atrair investimentos, segundo ele, pela importância da cidade, por reunir centros de pesquisa, por ter uma base consumidora forte. “Com a crise, o consumidor passou a adiar compras, fixando apenas no essencial e a reversão só ocorrerá quando houver melhora no nível de emprego”, afirmou.
No acumulado de um ano inteiro, com início no segundo trimestre de 2017, para o Estado de São Paulo, os investimentos anunciados foram da ordem de R$ 51,17 bilhões, segundo a Fundação Seade. Divididos pelo território do Estado, a maior concentração acontece, de maneira bastante expressiva, na Região Metropolitana de São Paulo, com R$ 25,2 bilhões do montante total. Nas Regiões Administrativas, os principais receptores são a RA de Campinas, com 82 municípios, com anúncio de investimentos de US$ 7,06 bilhões, a RA de Sorocaba, com R$ 2,85 bilhões, a RA de São José dos Campos, com R$ 1,25 bilhão e a RA de Santos, com R$ 1,08 bilhão. (Correio Popular)

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