Habitação

Lideranças de prédios ocupados em Campinas garantem que moradores estão seguros

O prédio de 24 andares que pegou fogo e desabou na região do Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo, que era uma ocupação irregular, acendeu um alerta para situações parecidas em Campinas. No bairro Nossa Senhora Auxiliadora há um prédio abandonado há 20 anos, na Rua Dr. Alberto Ferraz de Abreu, que foi ocupado há quase um ano.

O Movimento Campinas quer Moradia assumiu a autoria e distribuiu no bairro um documento chamado por eles de “Manifesto aos Moradores e Trabalhadores Vizinhos”. Mas, apesar das condições parecidas com a da tragédia em São Paulo, nesse caso não há ligações elétricas clandestinas, nem entulhos acumulados no fosso do elevador.

Apesar de não ter sido permitido o acesso ao interior da ocupação, a liderança mostrou uma conta da CPFL que comprova a regularização da energia elétrica, além da garantia de que não há entulhos, nem condições que possam causar riscos. Os moradores Patrícia da Silva e Bruno Carlos afirmam se sentirem seguros no local.

Outra situação que preocupa é a do hotel São Francisco, na Rua Saldanha Marinho, no centro de Campinas. 58 famílias continuam no prédio de sete andares, que foi ocupado há um ano e seis meses. As famílias se organizam, dividindo tarefas. Alguns moradores se revezam na portaria, onde é até solicitado RG para entrar.

A energia elétrica é fornecida por um gerador doado porque foi cortada pela CPFL a pedido dos donos do imóvel. Umas das responsáveis pela ocupação, Mariana Teixeira, explica que o gerador não oferece perigo e tudo tem sido organizado para garantir a segurança dos moradores.

Em ambas as ocupações há idosos, mulheres grávidas, doentes e crianças. Os ocupantes afirmam estarem há anos cadastrados na Cohab, aguardando uma moradia. Muitos estão desempregados e alegam não terem condições de pagar aluguel. (CBN Campinas)

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