Minha Casa, Minha Vida altera regras para financiamento de imóveis usados
O valor máximo do imóvel passa a ser de R$270 mil
Foto: Agência Brasil – O programa Minha Casa, Minha Vida passou por mudanças que endurecem as condições de financiamento para a compra de imóveis usados por famílias da Faixa 3, que abrange aquelas com renda entre R$4,4 mil e R$8 mil. As novas regras foram implementadas pelo governo para conter o aumento significativo dos financiamentos de imóveis usados durante o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entre as principais alterações, está o aumento do valor de entrada exigido para o financiamento de imóveis nas regiões Sul e Sudeste, que agora passa a ser de 50% do valor do imóvel, contra os 25% a 30% anteriores. Nas demais regiões do país, o valor de entrada subiu de 20% para 30%, reduzindo o teto do financiamento de 80% para 70% do valor total do imóvel.
Outra mudança significativa é a redução do valor máximo do imóvel que pode ser financiado no programa, que caiu de R$350 mil para R$270 mil em todo o território nacional. Essa medida visa ajustar o programa à realidade econômica e controlar o volume de recursos direcionados a imóveis usados.
As alterações são uma resposta ao aumento expressivo na demanda por imóveis usados na Faixa 3 do programa, especialmente em regiões mais desenvolvidas como o Sul e Sudeste, onde o mercado imobiliário é mais dinâmico. O governo busca, com essas mudanças, equilibrar a oferta de crédito e garantir que o programa continue a atender as famílias mais necessitadas de forma sustentável.
Francisco de Oliveira Lima Filho, presidente da Habicamp, comentou sobre as novas regras: “Essas mudanças são necessárias para manter a sustentabilidade do programa e garantir que o foco continue sendo as famílias que mais precisam de apoio habitacional. É uma forma de ajustar o programa às condições econômicas atuais e evitar a concentração excessiva de financiamentos em imóveis usados.”