Moradias acessíveis para idosos só cresce
No dia 1 de outubro, comemora-se o Dia do Idoso. Em projeção divulgada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população
brasileira está em trajetória de envelhecimento e, até 2060, o percentual de
pessoas com mais de 65 anos passará dos atuais 9,2% para 25,5%. Ou seja, 1
em cada 4 brasileiros será idoso. Tendo esses dados em vista, quando se
trata de construção residencial, é necessário ter em mente ambientes com
itens de acessibilidade, que contemplem a pessoa idosa, adotados ainda na
fase de projeto, envolvendo as áreas de arquitetura, civil, elétrica,
eletrônica, mecânica e hidráulica.
Um exemplo é o da Rôgga, construtora e incorporadora consolidada no Norte e
Litoral Norte Catarinense. Todos os residenciais são projetados e concebidos
com itens de acessibilidade, desde a entrada do empreendimento, passando
pelas áreas comuns, até chegar no próprio apartamento. A construtora
respeita a norma 9050 da ABNT, que estabelece diretrizes e critérios básicos
para a promoção da acessibilidade, mediante a supressão de barreiras e de
obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção
e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.
“Procuramos atender com muito cuidado as questões de acessibilidade, o
dimensionamento interno dos ambientes, para que o idoso, pessoa com
deficiência ou com mobilidade reduzida realmente tenha condições de morar e
se locomover bem”, ressalta Caroline Cavalheiro, arquiteta e urbanista da
construtora.
A profissional ressalta que a Rôgga adota a diretriz da Caixa Econômica
Federal, que solicita que 3% das unidades habitacionais sejam adequadas para
idosos, pessoas com deficiência física ou com mobilidade reduzida, sem
custos adicionais ao futuro morador. Sendo assim, uma parcela dos
apartamentos térreos dos empreendimentos são adaptados, com circulações que
permitam áreas de manobras adequadas para cadeiras de rodas. A sacada é
entregue com porta adequada e sem desnível abrupto entre sala e sacada. O
banheiro destas unidades têm tamanho maior, com lavatório de canto sem
coluna ou coluna suspensa, bacia sanitária sem furo frontal com altura de 43
a 45 cm, barras de apoio nas regiões da bacia sanitária, box e lavatório;
box no nível do banheiro com queda para o ralo; e porta com abertura para
fora do cômodo.
Os itens de acessibilidade também estão nas áreas comuns e de lazer. Por
exemplo, seus acessos têm pavimentação com revestimento adequado e caminhos
sem desníveis ou degraus, privilegiando planos inclinados ou rampas, para
que o idoso, pessoa com deficiência física ou com mobilidade reduzida possa
se locomover por todo o empreendimento com autonomia. Os lavabos também são
dimensionados e adequados conforme a normativa. Além disso, as áreas de
garagem têm vagas adaptadas e, em casos de emergências e rotas de fuga, há
um espaço na escada das torres para que a pessoa possa aguardar ser
resgatada. Os sensores de iluminação das áreas comuns também foram pensados
como alternativa para evitar preocupações ou acidentes.
“É necessário entender a norma de acessibilidade não somente para atender
uma legislação, mas como uma necessidade de inclusão social”, sublinha a
arquiteta, frisando também que, além de beneficiar a população, o custo de
implantação dos itens de acessibilidade é de baixo impacto, encarecendo
menos de 1% do valor final da obra. Já adaptar um empreendimento pronto pode
elevar o orçamento da obra em até 25%. (Obra 24h)