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Nova letra imobiliária deve ter volume até 2019

O investimento via letra imobiliária garantida (LIG) que está em fase de regulação pelo Banco Central (BC) deverá engrenar até setembro de 2019, segundo expectativa do vice-presidente de habitação da Caixa Econômica Federal, Nelson Antônio de Souza.

O executivo da Caixa – principal instituição de crédito imobiliário do País com 68% de participação no segmento – fez essa previsão ao participar do Fórum LIG promovido pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) na última sexta-feira, em São Paulo. “A LIG será um título leve e sem burocracia, de fácil aceitação no mercado brasileiro e internacional. E se leva de um ano e meio a dois anos para formar esse mercado.”

O vice-presidente lembrou que o funding (recurso) da poupança só sustenta “o básico” para o setor imobiliário. “Precisamos da LIG para alcançar 20% de crédito imobiliário em relação ao PIB [Produto Interno Bruto]. A Caixa pode fazer esse papel de capitanear [esse processo], precisamos fazer volume para ter um mercado secundário dessas letras”, diz Nelson Souza.

O presidente da Abrainc, Luiz Antonio França, pontuou ao DCI que a LIG é muito similar a um covered bond europeu, e que essa característica atrairá investidores estrangeiros para o mercado imobiliário brasileiro. “O setor poderá obter funding (recursos) a um custo moderado”, afirma.

Questão de tempo

O sócio-diretor da Tendências, Gustavo Loyola, ponderou que o sucesso da LIG dependerá da curva de juros de longo prazo em comparação ao DI. “Essa mudança acontecerá no médio prazo”, disse. Ou seja, quando o juro DI estiver mais baixo, deve atrair investidores para esse tipo de letra com maior horizonte e prêmio. O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, prevê mais crédito com a LIG. “Mas não vai acontecer de forma rápida.” (DCI)

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