Rentabilidade do setor de imóveis comerciais começa a aparecer
No quarto trimestre de 2017, as taxas de retorno da renda, capital e total de imóveis foram de, respectivamente, 1,75%, 0,15% e 1,89%, sobre o trimestre anterior, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Após seis trimestres consecutivos em contração, a taxa de retorno do capital apresentou uma variação positiva. Por sua vez, a taxa de retorno da renda também reverteu a tendência de desaceleração verificada nos trimestres anteriores. Como consequência, a taxa de retorno total também apresentou uma aceleração com relação à observada no terceiro trimestre de 2017 (1,40%). Com este resultado no último trimestre de 2017, a taxa de retorno total anualizada interrompeu a tendência de redução que vinha sendo observada desde o último trimestre de 2013.
No quarto trimestre de 2017, as taxas anualizadas de retorno da renda, capital e total foram de, respectivamente, 7,23%, -0,54% e 6,67%. A redução no ritmo de queda da taxa de retorno do capital atualizada no último trimestre de 2017 compensou a desaceleração da taxa anualizada de retorno da renda no período, fazendo com a que a taxa anualizada total ficasse praticamente inalterada com relação à verificada no trimestre anterior (-6,66%), interrompendo a trajetória de queda contínua dos últimos trimestres. A recessão atravessada pela economia brasileira entre o segundo trimestre de 2014 e o último de 2016 foi uma das mais longas e profundas da história recente, e seus efeitos negativos sobre a rentabilidade do setor imobiliário comercial foram evidentes. Os resultados do IGMI-C no último trimestre de 2017 mostram que os primeiros efeitos da retomada do nível de atividade da economia brasileira sobre a recuperação na rentabilidade do setor começam a aparecer, ainda que lentamente. (Investimentos e Notícias)