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RMC: áreas contaminadas avançam 30% em 5 anos

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) tem 473 áreas contaminadas, segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Em cinco anos, o número de áreas cadastradas no Sistema Ambiental Paulista cresceu 30,3%. Campinas, com 168 áreas, lidera o ranking regional, seguida de Paulínia com 74 e Americana, com 33. Morungaba é a única da RMC sem registros. Na RMC estão duas das doze áreas do Estado consideradas críticas pela Cetesb: o Aterro Mantovani, em Santo Antônio de Posse, e Mansões Santo Antônio, em Campinas.

A região responde por 7,5% das 6.110 áreas do Estado. Na região, assim como no Estado, os postos de combustíveis respondem pela maior parcela da contaminação do solo. Eles contaminam solo, subsolo e águas subterrâneas com combustíveis líquidos, solventes aromáticos, metais e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), como são chamados os contaminantes tóxicos gerados por derramamento de petróleo e que têm potencial cancerígeno.

Segundo o Sistema Ambiental Paulista, a predominância de áreas relacionadas a postos de combustíveis deve-se, em grande parte, à resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente, de 2000, que estabeleceu a obrigatoriedade de licenciamento para essa atividade, o que permitiu, a partir da avaliação ambiental, identificar as áreas com problemas de vazamento de combustíveis e desencadeou uma série de procedimentos para sua adequação.

Em Campinas há 107 registros de contaminação provocada pela atividade. No Estado, são 4.384 registros (72% do total), seguidos das atividades
industriais com 1.158 (19%), das atividades comerciais com 317 (5%), das
instalações para destinação de resíduos com 197 (3%) e dos casos de
acidentes, agricultura e fonte de contaminação de origem desconhecida com 54 (1%).

Na RMC há 110 áreas contaminadas sob investigação, que foram constatadas por meio de investigação confirmatória de concentrações de contaminantes que colocam ou podem colocar em risco os bens a proteger. A maioria delas está em Campinas, com 33 registros. Em outras 79 áreas foram confirmadas a existência de risco à saúde ou à vida humana, ecológico, ou onde foram ultrapassados os padrões legais aplicáveis. Campinas (21) e Paulínia (14) têm o maior vou de registros. Além disso, há 98 áreas em processo de remediação, onde estão sendo aplicadas medidas visando à eliminação da massa de contaminantes ou, na impossibilidade técnica ou econômica, sua redução ou a execução de medidas contenção ou isolamento.

Do total, 110 foram reabilitadas para o uso declarado, o que significa que,
depois de submetidas às medidas de intervenção, ainda que não tenha sido
totalmente eliminada a massa de contaminação, tem restabelecido o nível de risco aceitável à saúde humana, ao meio ambiente e a outros bens a proteger. (Correio Popular)

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