Sinduscon-SP reduz projeção de crescimento da construção para 2025
Estimativa do setor recua de 3% para 2,2%, com impactos atenuados por medidas de compensação e busca por novos mercados
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) revisou para baixo sua projeção de crescimento do setor em 2025. A nova expectativa aponta para uma expansão de 2,2%, ante os 3% inicialmente previstos, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (21).
A revisão tem como base o levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre). A análise considera tanto o desempenho das construtoras formais, projetado em 2,5%, quanto às atividades informais, como autoconstrução e serviços de pequenos empreiteiros, que devem avançar 1,5%.
Segundo o Sinduscon-SP, um dos fatores que influenciam a desaceleração é o impacto potencial do chamado “tarifaço” estadunidense sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que poderia chegar a 1,8 ponto porcentual ao longo de dois anos. O setor, no entanto, mantém certa confiança diante das medidas em curso.
De acordo com a entidade, estratégias como compensações do governo brasileiro, revisão de contratos e abertura de novos mercados devem reduzir o impacto efetivo para cerca de 0,3 p.p. em 2025 e 0,5 p.p. em 2026, minimizando os efeitos diretos sobre a construção civil.

Para o presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho, o cenário exige cautela, mas também abre espaço para ajustes estratégicos: “A revisão do crescimento mostra os desafios que teremos pela frente, mas também evidencia a importância de planejamento, inovação e diversificação de mercados para manter a construção civil como motor da economia”, afirmou.