Vagas crescem na RMC, mas 229 mil estão desempregados
Apesar de ter fechado 2018 com a geração de 9.211 empregos com carteira assinada, ainda falta emprego para 229.220 pessoas na Região Metropolitana de Campinas (RMC), segundo levantamento da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic). Apesar do alto nível de desemprego regional, a situação melhorou em relação a 2017, quando 12,7% da população economicamente ativa estava sem emprego – em 2018 a taxa caiu para 11,23%, dentro da média nacional.
A taxa só não é maior por causa do trabalho informal e daqueles que atuam por conta própria, afirma o economista da Acic, Laerte Martins. Levantamento da entidade mostra que 960.335 trabalhadores estão na informalidade nas 20 cidades da região de Campinas, o que significa que 53 em cada 100 pessoas estão trabalhando na RMC sem carteira assinada. A taxa de desemprego vinha caindo no ano passado, mas acabou sendo puxada em dezembro, quando ocorreram muitas demissões na região.
“Se considerarmos que em 2013 tínhamos uma situação de pleno emprego no País, com 4,76% da população economicamente ativa desempregada, o que temos hoje é de fato uma situação dramática”, afirmou.
Campinas tem o maior número de pessoas desempregadas. São 84.730 e que representam 11,4% da população economicamente ativa. Mas proporcionalmente à PEA, é Morungaba que vive a pior situação. Lá, 2.632 pessoas, ou 17,93% da população está procurando exercer algum tipo de atividade remunerada. A menor taxa de desemprego é de Engenheiro Coelho, com 501 desempregados, ou 5,12% da população economicamente ativa.
Na região, afirmou Laerte Martins, foram criados no ano passado, 9.211 postos, resultantes da admissão de 354.602 funcionários, contra a demissão de 345.391. Trata-se do primeiro saldo positivo desde 2013, quando foram criados 16.565 postos de trabalho. Para o economista, há uma tendência de melhora, mas ainda é cedo para avaliar se 2019 será um ano bom na geração de emprego.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) divulgado esta semana voltou a crescer em janeiro e atingiu 64,7 pontos, um aumento de 0,9 ponto porcentual em relação ao mês anterior. Pela metodologia da pesquisa, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), números acima de 50 indicam empresários confiantes. Os empresários estimam aumento no número de empregados, alta nos investimentos, demanda, exportações e compra de matérias-primas.
“Em dezembro começamos a perceber uma melhora na atividade econômica, que não chegaram a impactar na taxa de desemprego, mas a confiança do empresariado na economia significa que novos investimentos surgirão. Economistas falam em crescimento de 5% em relação a 2018 no nível de emprego. O PIB pode ter crescimento de 2,5%, um número muito bom, que influenciará na desaceleração do desemprego”, afirmou. (Correio Popular)