Varejo de material de construção começa a recuperar seus empregos
Pelo segundo mês consecutivo, o varejo de material de construção da Região Metropolitana de São Paulo conseguiu apresentar saldo positivo na geração de empregos. Em setembro, foram recuperados 250 postos de trabalho com carteira assinada, após acréscimo de 296 vínculos no mês de agosto. “Este desempenho bimestral é o mais significativo positivamente desde o início do ano”, comenta Jaime Vasconcellos, economista do Sincomavi. “Ressalta-se que na comparação interanual houve visível melhora do cenário, uma vez que foram perdidas 209 vagas em setembro de 2016”.
Dentre os municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo, os destaques ficaram para a capital, com 121 vagas geradas, e Santo André (32 postos). No entanto, vale a pena ressaltar, em doze meses, o varejo de material de construção da cidade de São Paulo cortou 830 vagas. Em setembro houve saldo positivo nos três setores específicos avaliados. Com atenção ao comércio de ferragens, madeira e materiais de construção (+188 vagas).
Nos primeiros nove meses do ano o setor conseguiu recuperar 576 empregos. Entretanto, em 12 meses, o saldo ainda permanece negativo, com a redução substancial de 1.324 postos de trabalho.
Jaime comenta que apesar dos números mais recentes do mercado de trabalho do comércio varejista de materiais de construção da RMSP serem positivos, até certo ponto alentadores, se mostra importante ressaltar que o processo de reação da geração de vagas está apenas em seu início.
“Isto porque os 576 empregos criados este ano representam apenas 6,3% dos 9.036 postos de trabalho extintos entre janeiro de 2014 e dezembro de 2016”. Em sua opinião, os dados revelam o tamanho do impacto que a atual crise causou ao mercado de trabalho brasileiro. “Também nos vislumbra que mesmo que o processo inicial de recuperação de mão de obra seja contínuo, e até mesmo mais acelerado em 2018, temos muito chão pela frente”. A estimativa é que o nível de empregabilidade do fim de 2013 só seja alcançado novamente daqui quatro ou cinco anos. “A expectativa se mantém positiva, mas tudo dependerá de um ambiente econômico mais acelerado, com consumo das famílias se recuperando, assim como a capacidade de empresas e setor público de avançar em seus investimentos”, finaliza. (Canal Executivo)