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Mercado imobiliário mantém ritmo de alta em julho

Valorização de imóveis supera inflação e reforça tendência de demanda por unidades menores

Foto: Rogério Capela – Os preços dos imóveis residenciais continuaram em trajetória de alta no Brasil em julho de 2025, tanto para venda quanto para locação. De acordo com o Índice FipeZAP, o valor médio de venda subiu 0,58% no mês, desempenho superior ao de junho (0,45%). Com isso, a valorização acumulada no ano chegou a 3,93% e, no acumulado de 12 meses, atingiu 7,31%, superando a inflação oficial de 5,30% medida pelo IPCA e o IGP-M, índice de referência para aluguéis, que registrou 2,96%.

O levantamento mostrou que, em julho, imóveis com três dormitórios apresentaram a maior valorização mensal, de 0,69%. Já unidades com quatro ou mais dormitórios tiveram avanço mais moderado, de 0,36%. No recorte anual, no entanto, os imóveis de um dormitório continuam liderando, com alta de 8,54%, tendência que evidencia a procura crescente por unidades compactas, especialmente nas grandes capitais.

O preço médio de venda no país chegou a R$9.375 por metro quadrado. Entre as capitais, Vitória permanece como a cidade mais cara, com R$14.031/m², seguida por Florianópolis (R$12.420/m²) e São Paulo (R$11.671/m²). Esses números reforçam a pressão de valorização nos mercados mais aquecidos e com maior demanda por habitação.

O presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho.

Especialistas apontam que a alta dos preços é influenciada por fatores como a escassez de terrenos, aumento dos custos de construção e manutenção da demanda em regiões estratégicas. Apesar do cenário de juros elevados, a atratividade de imóveis como investimento e a busca por residências bem localizadas sustentam o ritmo de crescimento dos valores.

Para Francisco de Oliveira Lima Filho, presidente da Habicamp, os resultados confirmam a resiliência do setor. “O mercado imobiliário mantém um ciclo de valorização que supera a inflação e mostra fôlego, especialmente para imóveis compactos nas grandes cidades. Isso reforça a importância de políticas que incentivem a oferta e a diversificação de tipologias para atender diferentes perfis de compradores e investidores”, afirmou.

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