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Mercado de esquadrias se prepara para voltar a ter crescimento em 2018

A indústria de esquadrias para portas e janelas se prepara para atender a uma nova regulamentação, ao mesmo tempo em que enfrenta uma das piores crises da construção civil. Para agentes do setor, este deve ser um ano decisivo para os fabricantes.

O segmento de esquadrias para portas e janelas fatura, no Brasil, aproximadamente R$ 1,4 bilhão, considerando apenas fabricantes padronizadas, que somam cerca de 200 no País. O restante são os conhecidos “serralheiros”, que trabalham sob demanda, mas muitas vezes não estão dentro das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Recentemente, foi aprovado o Programa de Certificação de Esquadrias para Edificações, que prevê normas tanto para esquadrias quanto em seus processos produtivos. Segundo o presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Portas e Janelas Padronizadas (Abraesp), André Luis de Freitas, quando o consumidor compra uma esquadria fora de norma, seja por preço ou desinformação, está adquirindo portas e janelas que poderão dar problemas de segurança e funcionalidade.

“Se a capacidade tecnológica dos fabricantes estiver obsoleta, será necessário uma readequação parcial ou total do parque fabril, além de capacitação de recursos humanos para garantir a implementação de um sistema de qualidade”, afirma o dirigente.

Para a fabricante Sasazaki, uma das líderes do mercado brasileiro, a nova certificação deve garantir um nível mínimo de qualidade no segmento. “A certificação é interessante porque assegura repetibilidade dos processos produtivos e também uma competição mais justa”, diz o CEO da companhia, Francisco Carlos Verza.

Ele conta que, em 2016, o mercado de esquadrias recuou 10%. “Nós acompanhamos esse desempenho”, relata. No ano seguinte, entretanto, a fabricante seguiu na contramão do mercado e apostou mais no segmento de construtoras. “Praticamente não atuávamos nesse negócio e conseguimos crescer em torno de 30% no segmento”, relata.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), as vendas para o canal das construtoras recuou 15% no ano passado. Mas, como a Sasazaki não atuava de forma ampla no segmento, a aposta abre oportunidades. “Vamos crescer neste ano principalmente porque estamos diversificando os negócios”, garante.

Cenário

O CEO da Sasazaki avalia que os sinais de estabilização da economia e a diversificação da oferta de produtos devem sustentar o crescimento da empresa neste ano. “Estruturamos nossos custos e renovamos o portfólio com foco tanto no segmento premium quanto no intermediário”, destaca Verza. “Estamos otimistas para 2018”, acrescenta. Ele salienta que, apesar da maior parte das vendas da empresa acontecerem no varejo, a recente entrada mais forte no canal das construtoras deve fortalecer o desempenho da Sasazaki para este ano.

“Este é um segmento que precisa de agilidade e nós estamos prontos para atendê-los”, garante o executivo. (DCI)

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