Junho tem maior alta de preço de imóveis desde 2014
Mesmo diante do cenário de pandemia e desemprego, a variação de preço de imóveis residenciais registra avanços pelo terceiro mês consecutivo em 2021. De acordo com dados revelados pelo Índice FipeZap, o mês de junho teve a maior alta no preço médio nas vendas desde agosto de 2014, de 0,57%, quando o crescimento médio mensal ficou em 0,68%. O FipeZap monitora anúncios de imóveis à venda em 50 cidades brasileiras, incluindo 16 capitais. “Essa alta nos imóveis em plena pandemia pode estar atrelada à fuga dos moradores de imóveis pequenos, em busca de residências mais amplas e maiores, que trazem mais conforto e estabilidade durante o período de isolamento. Como consequência, vemos o aumento não só de custo, mas também de aumento de mercado em termos de metro quadrado. Além disso, as incorporadoras tem buscado padrões e tecnologias alinhadas à sustentabilidade com licenciamento ambiental, que também elevam a qualidade dos imóveis e, como consequência, o custo”, comenta o presidente da Habicamp, Francisco Lima Filho.
Vale ressaltar que a alta não considera a inflação do período e é a maior desde agosto de 2014, último ano do ciclo de forte valorização do mercado imobiliário.
Ainda de acordo com o Índice, os meses anteriores registraram 0,48% em maio, e 0,30%, em abril.
Escute a fala do presidente da Habicamp, Francisco Lima Filho:
Acompanhe o índice de cada cidade:
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Manaus: 2,14%
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Vitória: 1,60%
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Brasília: 1,49%
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Curitiba: 1,47%
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Goiânia: 1,40%
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Florianópolis: 1 26%
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Maceió: 0,81%
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Fortaleza: 0,72%
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Porto Alegre: 0,64%
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São Paulo: 0,40%
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Rio de Janeiro: 0,15%
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Campo Grande foi a única exceção, onde a variação registrada foi de queda de 0,94%.
Acumulado
Ao final do primeiro semestre, o Índice acumulou alta nominal de 2,17%, abaixo da inflação de 3,82% acumulada no mesmo período, de acordo com a projeção do Banco Central para a inflação de junho.
Caso a expectativa se comprove, o preço médio de venda dos imóveis residenciais terá queda real de 1,58%.
Nos últimos 12 meses, porém, o índice acumulou alta de 4,76%, também abaixo da inflação acumulada, estimada em 8,40% segundo a projeção do IPCA para junho.
Sendo assim, o cenário aponta para a queda real no preço médio de venda de 3,36% em um ano.