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Campinas é a 2ª do País que mais usa energia solar

Campinas é atualmente a segunda cidade do Brasil que mais utiliza energia
solar. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
existem 749 sistemas instalados no município, sendo 689 deles em
residências, 56 em empresas e outros quatro não especificados.

A liderança do ranking nacional pertence à cidade do Rio de Janeiro, que
contabiliza 1.111 pontos. Desse total, cerca de 87% (971) operam em moradias
e aproximadamente 11% (125) em estabelecimentos comerciais. Em 1,5% (15) dos
casos, o local não foi categorizado.

Completando os cinco primeiros lugares aparecem sequencialmente Brasília
(DF), Uberlândia (MG) e Fortaleza (CE), com 594, 563 e 521 sistemas
respectivamente.

Luis Otávio Colaferro, sócio diretor da Blue Sol, especialista em soluções
em energia solar fotovoltaica que capacita outras empresas para atuar no
setor como parceiras, afirma que 89% dos brasileiros desejam gerar a sua
própria energia a partir de um sistema de energia renovável.

“O apelo é muito forte e cria muito interesse porque quebra paradigmas,
invertendo a tendência e possibilitando um empoderamento real ao
consumidor”, afirma, respaldado por uma estatística de mais de mil sistemas
solares vendidos por todo o Brasil e 10 Mw alcançados desde 2009.

Aproximadamente 43 mil brasileiros utilizam sistemas que concentram a luz
solar disseminada e a convertem em energia utilizável, de acordo com a
Aneel, a qual estima um crescimento desse público para mais de 886 mil
consumidores até 2024.

Quanto ao perfil dos usuários, um mapeamento da Associação Brasileira de
Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontou que moradores residenciais
representam 76,7%, seguidos pelos comerciais, com 16,1% e rurais, com 3,8%.

Se comparado ao total de quase 70 milhões de consumidores de energia
residencial do Brasil, entretanto, o número não representa nem 1% dos
potenciais clientes da tecnologia.

Aumentar substancialmente a participação de energias renováveis na matriz
energética global é uma das 169 metas estabelecidas, dentre 17 objetivos
traçados pela Agenda 2030, firmada em assembleia da Organização das Nações
Unidas (ONU) em 2015.

Na oportunidade, representantes de 193 países reconheceram que a erradicação
da pobreza em todas as suas formas e dimensões é o maior desafio da
humanidade e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável.

A participação de energias renováveis na matriz brasileira atualmente está
em 44%. No caso, três vezes maior do que a média mundial (14%), segundo
dados do Plano Decenal de Expansão de Energia 2026, aprovado em dezembro de
2017, pelo então ministro de Estado de Minas e Energia, Fernando Coelho
Filho. O plano sinaliza que a Oferta Interna de Energia (OIE), necessária
para movimentar a economia, deve atingir o montante de 351 milhões tep
(toneladas equivalente de petróleo) em 2026, resultando em um crescimento de
2% ao ano.

Desse montante, as fontes renováveis podem chegar a uma participação de 48%
em 2026. Na matriz elétrica, nossa participação é ainda mais favorável, com
82% desse recurso sendo proveniente de fontes renováveis, contra 23% da
média mundial, comenta Rodolfo Nardez Sirol, diretor de relações
institucionais e de sustentabilidade da CPFL Energia.

Regras são estabelecidas pela Annel

Em março de 2016, a Aneel estabeleceu novas regras permitindo o uso de
qualquer fonte renovável, além da cogeração qualificada. Passou a ser
denominada microgeração distribuída a central geradora com potência
instalada até 75 kW. Minigeração distribuída passou a ser aquela com
potência acima de 75 kW e menor ou igual a 5 Mw, conectadas na rede de
distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras. Quando a
quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à energia
consumida naquele período, o consumidor fica com créditos, válidos por até
60 meses, que podem ser utilizados para diminuir a fatura dos meses
seguintes.

Os créditos também podem ser usados para abater o consumo de unidades
consumidoras do mesmo titular situadas em outro local, desde que na área de
atendimento de uma mesma distribuidora. Esse tipo de utilização dos créditos
foi denominado “autoconsumo remoto”. Outra inovação da norma diz respeito à
possibilidade de instalação de geração distribuída em condomínios
(empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras).

Nessa configuração, a energia gerada pode ser repartida entre os condomínios
em porcentagens definidas pelos consumidores. A Aneel criou ainda a figura
da “geração compartilhada”: diversos interessados se unam em um consórcio ou
em uma cooperativa, instalem uma micro ou minigeração distribuída e utilizem
a energia gerada para redução das faturas dos consorciados ou cooperadores.
(Correio Popular)

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