Construção civil fecha 230 postos de trabalho em agosto na Região Metropolitana de Campinas
O setor da construção civil da Região Metropolitana de Campinas (RMC) fechou 230 vagas de trabalho formais em Agosto, encerrando uma série de sete meses consecutivos com as contratações superando as demissões. Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram divulgados nesta quarta-feira (25) pela Secretaria de Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
Dos 20 municípios que formam a RMC, 12 tiveram saldo positivo, um
(Morungaba) teve o mesmo número de admissões de que demissões e sete
fecharam com saldo negativo. Apesar da retração de agosto, a região já abriu 3.516 postos de trabalhos no acumulado de janeiro a agosto deste ano.
Paulínia foi o município que fechou o maior número de postos de trabalhos no mês passado: 378, seguido de Indaiatuba (123), Campinas (41). Holambra (6), Santo Antonio de Posse (5), Americana (3), Engenheiro Coelho (2)
Dos 12 municípios que fecharam com maior número de contratações que
demissões, os destaques ficaram por conta de Pedreira (saldo de 104 vagas
abertas), Sumaré (83) e Itatiba 63.
Para Francisco de Oliveira Lima Filho, Presidente da Associação das Empresas do Setor Imobiliário e da Habitação de Campinas e Região (Habicamp), apesar do número negativo, que acabou surpreendendo, não há razão para preocupação a curto prazo.
“Existem alguns indicadores que reforçam a retomada do setor da construção civil na região”, disse. Entre eles, o presidente da Habicamp aponta: a redução da taxa de juros (Selic), alta de 92% nas vendas de lançamentos imobiliários nos últimos doze meses, e quase R$ 1 bilhão em recursos liberados pela Caixa Econômica Federal para a compra da casa própria no primeiro semestre deste ano na RMC, uma alta de 26% na comparação ao mesmo período do ano passado.
“Temos um número alto de lançamentos realizados nos últimos meses que
começam a sair do papel neste segundo semestre, o que vai demandar novas contratações, e outros sendo lançados pelas construtoras nas cidades da região”, explica. “Todos estes números apontam para um quadro de recuperação do setor e de otimismo por parte do comprador, mantendo a demanda em alta”, completa Lima Filho.
QUADRO POR CIDADES – AGOSTO DE 2019
Cidade
AGOSTO
ACUMULADO DE 2019
CIDADE
ADM
DEM
SAL
ADM
DEM
SALDO
Americana
132
135
-3
1.215
1.133
82
Artur Nogueira
15
09
06
113
107
06
Campinas
778
819
– 41
7.735
5.998
1.357
Cosmópolis
45
41
04
356
384
– 28
Eng. Coelho
00
02
– 02
07
08
– 01
Holambra
09
15
– 06
80
74
06
Hortolândia
78
72
06
517
661
– 144
Indaiatuba
235
358
– 123
3.158
1.991
1.167
Itatiba
149
86
63
874
602
272
Jaguariúna
26
19
07
146
155
– 09
Monte Mor
54
51
03
392
287
105
Morungaba
01
01
00
22
10
12
Nova Odessa
25
17
08
196
154
42
Paulínia
319
697
– 378
2.670
2.961
– 291
Pedreira
122
18
104
396
115
281
Santa Bárbara
67
54
13
630
573
57
Santo A. Posse
08
13
– 05
105
117
– 12
Sumaré
195
112
83
1.333
1.200
133
Valinhos
53
45
08
514
447
67
Vinhedo
41
18
23
252
218
34
Saldo
2.352
2.582
230
20.711
17.195
3.516